“O Ministério da Educação não pode determinar o retorno presencial às aulas. Caso contrário, eu já teria determinado”, afirmou durante o pronunciamento. A reportagem procurou o Ministério da Educação para esclarecer se a pasta tem tratado com governadores, prefeitos ou associações de gestores públicos sobre retorno às aulas presenciais, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
Segundo o ministro, “o Brasil não pode continuar com as escolas fechadas, gerando impactos negativos nesta e nas futuras gerações. Não devemos privar nossos filhos do aprendizado necessário para a formação acadêmica e profissional deles”. Entre os prejuízos, Ribeiro destacou a perda de aprendizagem, progresso do conhecimento e qualificação para o trabalho, bem como do aumento do abandono escolar e implicações emocionais.
Ribeiro argumentou que outros países retornaram às aulas presenciais em 2020, quando sequer havia previsão de vacinação, como Portugal, Chile, França, Espanha, Áustria e Rússia. Todos os países mencionados por Ribeiro, entretanto, apresentam índices de letalidade (mortes por cada caso confirmado) e de mortalidade (mortes em relação à população infectada) pela covid-19 inferiores aos do Brasil, segundo dados da Universidade de Oxford para julho deste ano. Do grupo, o Brasil é também o que apresenta o índice mais alto de casos em relação à população no período e o segundo pior em número relativo de pessoas completamente vacinadas.
Durante o pronunciamento, Ribeiro disse que o governo federal trabalha para que o retorno seja seguro a todos e destacou que a vacinação de toda a comunidade escolar não pode ser condição para a reabertura das escolas. A imunização contra a covid-19 de adolescentes acima de 12 anos ainda não foi autorizada no País.
Ao contrário do que prega o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Educação também afirmou que o uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento social são medidas que o mundo está utilizando com sucesso para conter a disseminação da covid-19.
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