“O horário de verão não traz nenhum benefício em termos de economia para o consumo de energia. O pico de energia, que no passado era no final do dia, e aí fazia sentido sim o horário de verão, é por volta de 14h e 15h”, disse em entrevista à Rádio CNN. “No aspecto do setor de energia, não há nenhum movimento para que se retorne o horário de verão”, afirmou.
A situação dentro do governo, porém, parece ser diferente. Pressionado pela crise hídrica e por diversos setores, o governo decidiu reavaliar os impactos do horário de verão. Segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, o MME pediu ao órgão que atualizasse os estudos sobre os efeitos do mecanismo no consumo de energia.
O horário de verão foi extinto pelo presidente Jair Bolsonaro em abril de 2019. O estudo usado como argumento pelo governo apontava que mudanças nos hábitos do consumidor e o avanço da tecnologia reduziram a relevância da economia de energia ao longo dos anos, principalmente pela popularização dos aparelhos de ar condicionado.
O tema voltou a ser debatido após entidades e associações empresariais de diversos setores encaminharem pedido ao governo federal pelo retorno do horário de verão. Especialistas em setor elétrico ouvidos pelo Estadão/Broadcasttambém defendem a volta da medida, que poderia reduzir, mesmo que pouco, o consumo de energia.
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