A pesquisa acontece em plena crise no setor de biodiesel, com a valorização da soja no mercado internacional elevando o preço do produto no mercado interno.
Para reduzir o impacto no preço do produto final, o diesel, o governo decidiu reduzir de 13% para 10% a mistura obrigatória no último leilão da ANP, no mês passado.
O produto foi escolhido em 2004 pelo governo Lula para ser misturado ao diesel como forma de apoiar combustíveis renováveis e gerar maior valor para a cadeia de oleaginosas, como a soja, além de ter um cunho social, por estimular a agricultura familiar.
Em meados do ano passado, a Petrobras lançou o diesel verde e vem tentando inserir o produto na mistura do diesel, hoje 100% biodiesel. Produtores de biodiesel contestam a classificação do produto da estatal, argumentando que é feito com base em um combustível fóssil.
“Essa pesquisa é uma forma de garantir a participação do setor de combustíveis e da sociedade em geral no processo. As contribuições serão de extrema importância para as conclusões do Grupo de Trabalho”, explicou Pietro Mendes, diretor de Biocombustíveis do MME.
O questionário é composto por quatro seções: na primeira, a pessoa que responde é identificada; na segunda, são perguntas sobre a inserção do diesel verde no ciclo diesel; e, na terceira, são questionamentos sobre o diesel oriundo de coprocessamento de óleos vegetais ou gorduras animais; e, na quarta, trata-se da alternativa de inserção conjunta do diesel verde e do diesel oriundo de coprocessamento no ciclo diesel.
Segundo o MME, ao final do processo será realizado um workshop virtual aberto ao público para apresentação dos resultados da pesquisa e dos principais encaminhamentos decididos pelo Grupo de Trabalho.
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