O fator que definiu a escolha de Silveira foi a economia de combustível. Ele mora em Taboão da Serra e trabalha no bairro do Jabaquara, em São Paulo. “Viajo 20 quilômetros para ir e mais 20 para voltar todo dia. Com o preço do combustível, isso foi decisivo.”
E, como roda muito, Silveira gosta de trocar de carro a cada três anos para não ter problemas com manutenção. O modelo de entrada, motor 1.0, sempre teve mais “trânsito” no mercado por ser bem aceito, na opinião dele. E isso facilita a troca. “Mas a quilometragem não pode aumentar demais, se não fica difícil dar o carro como entrada na troca por outronovo.”
Nessa volta às mil cilindradas, porém, Silveira deu um passo além. Embora seja 1.0, o Onix escolhido por ele tem pouco de popular. Custou R$ 89 mil e tem um aditivo – é turbo. “Mesmo sendo mil, ele rende igual ao 1.4, mas com a economia da versão popular”, diz ele. Fora isso, o modelo tem acabamento de luxo, câmbio automático, central multimídia, chaves com sensor de presença e vários outros penduricalhos. “Estou bem feliz. Vou ter a economia que preciso, terei a potência do turbo e o conforto de um veículo de luxo.”
Enquanto há quem renove o carro 1.0, outros decidem manter sempre o mesmo. É o caso do empresário paulistano Alexandre Brazales, que comprou há 21 anos um Gol 1.0 de 1994. O veículo “durou até a semana passada”. “Nunca me deixou na mão. Esse carro era melhor que um Jeep: enfrentava lama, subida, tudo”, conta.
Ele acabou de vender o “xodó” depois de um acidente. “Um louco de BMW não me viu e me acertou num cruzamento”, conta. Mas Brazales fez questão que o veículo tivesse uma nova vida. “Esperei para vender para alguém que se propusesse a restaurar o Gol. Os documentos estão todos em dia, manual e tudo”, diz ele, que passou o automóvel para frente por R$ 1,3 mil para um funileiro interessado em fazer o veículo “ressuscitar”.
‘Máquina do tempo’. Entre 80 carros antigos e estilosos, como Pumas e Kombis, o representante comercial Wlamar Paiosin, de Campinas (SP), guarda um Corsa Wind 1.0 de 1995 – um dos símbolos dos carros populares no Brasil. Mas o carro é suficientemente icônico para figurar em uma coleção? Para Paiosin, sim. “Gosto de carros que marcaram época. E o Wind foi um deles. Entrar nele é como voltar para 1995. É uma máquina do tempo.”
O Corsa tem 12 mil km rodados. “Comprei de um senhor que queria, em 1995, dar um carro zero para a filha. Mas ela, em seguida, se mudou para os Estados Unidos e o carro ficou parado esses anos todos com ele, até eu comprar, há quatro anos”, afirma o colecionador.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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