No fechamento do primeiro trimestre, o PIB teve uma expansão de 1,7% ante o quarto trimestre de 2020. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, houve um avanço de 1,6%.
Para Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, o desempenho positivo da atividade econômica no primeiro trimestre de 2021 “surpreendeu”.
“Este crescimento foi observado tanto nos três grandes setores de atividade, quanto nos componentes da demanda. No entanto, na comparação mensal, o fraco desempenho de março frente a fevereiro mostra a fragilidade deste crescimento dado o acirramento das medidas de isolamento social em diversas cidades brasileiras. A necessidade de adoção dessas novas medidas de isolamento foi devido à piora da pandemia no Brasil com o aumento do número de casos de contágio e de mortes a partir do final de fevereiro. Estes resultados evidenciam a importância da aceleração do processo de vacinação da população como o primeiro passo para que a economia possa crescer de forma mais sustentável a longo prazo”, defendeu Considera, em nota oficial.
O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
Sob a ótica da demanda, na comparação com o primeiro trimestre de 2020, o consumo das famílias recuou 1,2% no primeiro trimestre de 2021, devido a uma redução no consumo de serviços.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) cresceu 10,4% no primeiro trimestre, com avanços em todos os componentes. Houve forte crescimento no componente de máquinas e equipamentos, impulsionado pela importação de plataformas de exploração de petróleo.
As exportações cresceram 0,5% no primeiro trimestre de 2021 ante o mesmo período de 2020, enquanto as importações aumentaram 6,5%.
Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 2,113 trilhões no primeiro trimestre de 2021, em valores correntes. A taxa de investimento da economia foi de 17,1% no primeiro trimestre.
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