“O elevado crescimento da economia em abril com relação ao mesmo mês do ano passado deve-se à comparação com uma base deprimida, tendo em vista que em abril do ano passado a economia atingiu a maior queda na série histórica iniciada em 2000. Isso fica evidente quando analisada a evolução do PIB contra os meses imediatamente anteriores, onde a atividade econômica não tem apresentado desempenho tão robusto. Esses resultados mostram que ainda é cedo para afirmar que a economia está crescendo de forma sustentável; para que isso ocorra é necessário que um percentual maior da população esteja vacinado”, defendeu Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.
O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
Pelo lado da oferta, o PIB da agropecuária recuou 4,3% em abril ante março, e os serviços encolheram 1,2%. Por outro lado, a indústria avançou 1,1%.
Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 2,1% em abril ante março, enquanto o consumo do governo avançou 2,9%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) despencou 26,0%. As exportações cresceram 17,2%, e as importações aumentaram 5,9%.
Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 2,745 trilhões de janeiro a abril de 2021, em valores correntes.
A taxa de investimento da economia foi de 14,4% no mês de abril de 2021.
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