O argumento das entidades é de que o aumento do porcentual de biodiesel implica em maiores custos ao transporte de cargas, pressionando assim os preços dos produtos.
Apontam ainda que a indústria automotiva já vem se preparando para atender limites mais rígidos de emissões previstos para os próximos anos, com a adoção de tecnologias para as quais não há experiência com teores elevados de biodiesel na composição do combustível.
O posicionamento é assinado por Anfavea, Fenabrave e Sindipeças – entidades que, respectivamente, representam montadoras, concessionárias e fabricantes de autopeças – junto com a Fecombustíveis, a Brasilcom e a Abicom – do comércio, distribuição e importação de combustíveis -, e, do lado dos transportadores, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e o SindTRR. O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), representante da indústria de petróleo e gás, também assina o posicionamento.
Os signatários do texto sustentam que “recentes aumentos de teor compulsório” do biodiesel têm provocado danos a máquinas e motores, com consequente redução da vida útil e do desempenho dos equipamentos, além de maior custo de manutenção.
“Cabe destacar que o aumento compulsório de biocombustíveis na mistura do diesel somente deve ser estipulado mediante uma análise ampla e critérios fundamentados, garantindo viabilidade técnica e segurança não só para os produtores de biodiesel como para os usuários quanto à sua adoção”, defendem as entidades.
O grupo diz que vem buscando diálogo com o governo e a indústria de biodiesel para “solucionar os atuais problemas de teor e de qualidade do produto”.
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