Quem vai compor o Congresso Nacional ocupando a terceira cadeira do Senado pelo Paraná será Sérgio Moro (União Brasil). Com pouco mais de 33,5% dos votos – um total de 1.931.256 votos de 98,58% das urnas apuradas –, nos próximos oito anos ele vai representar os poderes estaduais nas questões legislativas ao lado de Flávio Arns (Podemos) e Oriovisto Guimarães (Podemos).
Contrariando as pesquisas, que anunciavam Álvaro Dias (Podemos) como o favorito, o candidato terminou com 23,87% dos votos (1.375.159), o terceiro mais votado, e deixa sua cadeira.
O candidato Paulo Martins (PL) foi o segundo mais votado, com 1.679.497 votos (29,15%).
Nessas eleições, apenas um terço dos senadores foram renovados, o que equivale a apenas um novo senador por estado, por isso apenas um dos candidatos ao senado se elegeu. O Senado é composto por 81 cadeiras e os mandatos dos senadores duram oito anos. Assim, nas próximas eleições, serão eleitos dois senadores pelo Paraná.
Sérgio Moro
O ex-juiz, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro (PL), Sérgio Moro tornou-se juiz federal em 1996. Trabalhou em casos como o do Banestado, na operação ‘Farol da Colina’, que investigou suspeitos de crimes contra o sistema financeiro, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Como juiz auxiliar no Supremo Tribunal Federal, assessorou a ministra Rosa Weber durante o julgamento dos crimes relativos ao escândalo do mensalão. Passou a ter mais notoriedade a partir de março de 2014, com o julgamento em primeira instância da Operação Lava Jato.
Após as eleições de 2018, aceitou deixar a carreira de 22 anos como juiz federal para comandar o Ministério da Justiça, onde permaneceu até abril 2020, quando pediu demissão do cargo.
Na sequência, o ex-ministro da Justiça e ex-juiz filiou-se ao partido Podemos, em novembro do ano passado. No evento de filiação, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) chegou a dizer que era o desejo do partido que Moro fosse um candidato à Presidência da República nas eleições de 2022, com o intuito de “recuperar o Brasil”.
Após rompimento com o Podemos, filiou-se ao União Brasil em março deste ano, partido pelo qual concorreu ao Senado.