Tinhorão foi um dos pilares da crítica musical brasileira, e era tido como um dos mais temidos analistas da música. Seus comentários ferinos não pouparam nem mesmo Tom Jobim: em 2015, durante um debate na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), ele afirmou ter “pena” de Jobim. “Ele tinha um equívoco fundamental: Achava que compunha música brasileira.” Ainda no mesmo evento, Tinhorão afirmou que “a bossa nova era o jazz pasteurizado”.
O crítico não poupava nem mesmo ritmos e artistas consagrados como o iê-iê-iê, Roberto Carlos e Chico Buarque.
Tinhorão foi pesquisador, publicou dezenas de livros sobre música brasileira e portuguesa e chegou a reunir um acervo com mais de 13 mil discos, 14 mil livros e 35 mil documentos sobre música e cultura. Seu acervo foi comprado em 2001 pelo Instituto Moreira Salles, que chegou a fazer uma exposição a respeito.
Em 2010, Elizabeth Lorenzotti publicou uma biografia do crítico, intitulada Tinhorão – O Legendário. Seu apelido vem doas anos 1950, quando trabalhou no Diário Carioca fazendo textos-legenda.
Tinhorão chegou a ser retratado na peça Bonitinha Mas Ordinária, de seu amigo e colega de redação Nelson Rodrigues, como um personagem conquistador.
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