Morre Margarita Sansone, primeira-dama de Curitiba

Nesta terça-feira, 20 de agosto, Margarita Pericás Sansone, primeira-dama de Curitiba e esposa do prefeito Rafael Greca, faleceu aos 79 anos na capital paranaense. Margarita estava internada no Hospital Marcelino Champagnat desde o início de agosto, em tratamento contra um câncer. Na última sexta-feira (16), Rafael Greca havia informado pelas redes sociais sobre a gravidade do estado de saúde da esposa.

“Com profundo pesar e meu coração curitibano dilacerado, cumpro o doloroso dever de comunicar a passagem de minha amada Margarita Elisabeth Pericás Sansone de Macedo. Que os Anjos e os Santos A acompanhem com cânticos de glória até a cidade Santa de Jerusalém. Que o bem infinito que ela desejou aos Curitibinhas, suas famílias e, principalmente, aos mais vulneráveis seja o tom dessa sua despedida. Viverá para sempre em mim e em todos que a amam”, escreveu Rafael Greca no Instagram.

Um legado de amor e dedicação

Margarita e Rafael Greca estavam casados há 46 anos, após começarem a namorar em 1978. O casal oficializou a união em 1991, em uma cerimônia celebrada por Dom Pedro Fedalto. Conhecidos por sua forte ligação e presença constante juntos, eles eram frequentemente vistos sorrindo em eventos oficiais e extra-oficiais. Greca nunca economizou palavras de amor e admiração pela esposa, seja em público ou nas redes sociais.

Trajetória profissional e contribuição social

Margarita Sansone era formada em Economia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e estudou Arqueologia e História da Arte na Escola Dante Alighieri, em Roma. Além de sua formação acadêmica, ela atuou como jornalista, mantendo um portal de notícias focado em política, economia e turismo durante anos, e como professora de Língua e Literatura Francesa.

Como primeira-dama de Curitiba por três gestões, Margarita desempenhou um papel fundamental na área social, fundando a Fundação de Ação Social de Curitiba (FAS) durante a primeira gestão de Greca, de 1993 a 1996. Ela também criou o Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC) e liderou diversos programas sociais voltados para o atendimento das comunidades mais vulneráveis da cidade.

Entre os programas que Margarita implementou como gestora da FAS, destacam-se o Vale Vovó, SOS-Idoso, FAS-SOS, Carrinheiro-Cidadão, Educadores de Rua, SOS Mulher, Vila de Ofícios, Pousada de Maria, Casa da Acolhida e do Regresso, entre outros. Ela também coordenou a relocação de famílias de áreas de risco e a organização das comunidades de baixa renda.

Como presidente do IPCC, Margarita lançou iniciativas como as lojas Leve Curitiba, o Vale-Creche e o primeiro restaurante popular do Brasil, o Refeições Curitibanas. Seu impacto na área cultural também foi notável, presidindo a Fundação Cultural de Curitiba e fundando o Museu de Fotografia da Cidade de Curitiba, o segundo do gênero na América Latina.

Reconhecimento e legado

Em junho de 2023, Margarita foi homenageada com o prêmio Rosy de Macedo Pinheiro Lima, entregue pela Bancada Feminina da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), em reconhecimento ao seu destaque nas atividades sociais e culturais que desenvolveu ao longo dos anos.

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Margarita também atuou como assessora da Casa Civil do Governo do Paraná e do Museu Oscar Niemeyer (MOM). Desde 2017, ela prestava consultoria estratégica voluntária à prefeitura de Curitiba, continuando sua dedicação ao serviço público até o final de sua vida.

A morte de Margarita Pericás Sansone marca o fim de uma trajetória marcada por amor, dedicação à cidade de Curitiba e ao bem-estar social de seus cidadãos. Seu legado será lembrado por todos aqueles que foram impactados por seu trabalho e por sua presença constante ao lado de Rafael Greca.

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