“Eu acho que está desorganizada”, disse Mourão ao ser questionado por jornalistas, no Palácio da Alvorada. “O objetivo da CPI qual é? Avaliar as ações do governo no combate à pandemia, e não a ação do presidente. A ação do governo”.
Para o general, os senadores deveriam focar a investigação em ações voltadas para o que foi feito em relação à saúde, à economia e às questões sociais para produzir um relatório final “honesto”.
“São três setores: 1) o da saúde, então vamos ver o que foi feito para minorar os efeitos da doença; 2) o da economia, o que foi feito para mitigar os efeitos do lockdown na economia; 3) o social, o que foi feito para auxiliar as pessoas que estavam em situação de dificuldade. Se ela (a CPI) se organizar dentro disso aí, chegará a um resultado, a um relatório decente e honesto”, observou Mourão.
As afirmações do vice contrastam com as de Bolsonaro que, em transmissão ao vivo pelas redes sociais, na quinta-feira, 27, mandou a CPI “plantar batata” porque não há o que investigar.
“Pelo amor de Deus, Omar Aziz, encerra logo essa CPI”, pediu Bolsonaro na live, citando o presidente da comissão. Logo depois, irritado, continuou: “Ah, vai plantar batata, ô CPI! Vai plantar batata!”
Bolsonaro disse ter visto um senador “saltitante” na CPI, querendo convocá-lo a prestar depoimento. “Ô, saltitante, tá de brincadeira, né? Não tem o que fazer não, ô, saltitante?”, debochou o presidente. Apesar de não mencionar o nome do senador, mas, sim, o seu Estado (Amapá), Bolsonaro se referia ao vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Foi Randolfe quem protocolou pedido para convocar Bolsonaro, mas o requerimento não chegou a ser votado.
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