O plano formaliza uma meta de redução do desmatamento e das queimadas ilegais aos níveis médios registrados entre 2016 e 2020 pelo Prodes, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A meta, contudo, foi alvo de críticas da rede Observatório do Clima, que a considerou baixa ante os índices recordes de desmatamento do ano passado. O plano traz as diretrizes para a continuidade do combate aos crimes ambientais com retirada dos militares da região com o fim da Operação Verde Brasil 2, marcada para 30 de abril.
Mais cedo, em conversa com jornalistas ao chegar ao Palácio do Planalto, Mourão reconheceu a piora nos números do desmatamento no mês de março. “Tivemos um mês de março ruim, apesar do acumulado de agosto (de 2020) até agora estar com 19% de redução. E onde é que está acontecendo? Naqueles municípios selecionados, exatamente”, disse. “Então, estamos pressionando para que o pessoal que está em campo seja mais efetivo na fiscalização”, citou.
Segundo o vice-presidente, a contratação de agentes temporário para intensificar a fiscalização segue no radar, mas depende das negociações do Orçamento de 2021. “Vou fazer uma reunião agora quinta-feira com os ministros dos ministérios que estão na linha de frente desse combate para ver os problemas que eles estão enfrentando, e tem essa questão de contratação, que neste momento que estamos vivendo, está complicado, mas vamos ter que arrumar uma solução para isso”, afirmou.
Política ambiental
Próximo da realização da Cúpula dos Líderes sobre o Clima, na semana que vem, Mourão informou ter elaborado um documento que será encaminhado ao presidente Jair Bolsonaro sobre os principais pontos relacionados à política ambiental brasileira e à Amazônia. O evento é virtual, organizado pelo governo americano, e ocorrerá nos dias 22 e 23 de abril. Além de Bolsonaro, outros 39 líderes mundiais foram convidados. Questionado, Mourão disse que não deve participar de nenhuma reunião prévia ao evento.
“Eu apenas fiz um documento com alguns pontos que nós consideramos importantes que estejam no discurso do presidente e estou encaminhando para o presidente”, disse. Mourão também negou que exista uma pressão do governo do presidente norte-americano, Joe Biden, quanto à política ambiental brasileira. Segundo ele, o governo brasileiro tem “mantido o diálogo aberto” com os EUA.
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