Mourão visita o país africano para participar de uma reunião da comunidade dos países que falam a língua portuguesa. Ele está acompanhado do ministro Carlos França, das Relações Exteriores, e do secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência, Almirante Flávio Rocha.
“Em conjunto, buscaremos meios de fortalecer e promover a cooperação econômica e empresarial em tempos de pandemia, em prol do desenvolvimento sustentável dos países da CPLP (Comunidades de Países da Língua Portuguesa)”, escreveu o vice-presidente em postagem no Facebook.
Em outras ocasiões em que passou por cirurgias, Bolsonaro não se licenciou do cargo. Segundo interlocutores do presidente, ele não confia no seu vice. Os dois já expuseram publicamente o distanciamento. Em entrevista ao Estadão, Mourão contou em junho que não sabe o que se passa no governo.
“É muito chato o presidente fazer uma reunião com os ministros e deixar seu vice-presidente de fora. Eventualmente, eu tenho que substituir o presidente e, se não sei o que está acontecendo, como vou substituir? Não há condições”, desabafou na ocasião.
A assessoria do vice-presidente informou que ele não irá cancelar sua agenda no exterior para retornar ao Brasil. Na ausência do presidente e do vice quem assume a presidência da República é o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (Progressistas-AL).
O presidente costuma reagir irritado quando perguntado sobre licença do cargo. Em dezembro, questionado pela imprensa se iria se afastar durante estadia no Guarujá, onde passaria a virada do ano, respondeu assim: “Eu sou presidente até pelado tomando banho em casa.”
Comentários estão fechados.