A diretora de marketing da Associação Brasileira dos Profissionais de Coaching, Magnolia Abramo, acredita que “muitos que se dizem profissionais de coaching, por desinformação, acham que estão prontos para lidar com a natureza humana, e isso não é verdade”.
OS MEMES
A produtora de conteúdo Mila Costa resgatou vivências para produzir cenas satíricas de trabalho. Em um dos vídeos que compartilhou no Instagram, ela simula presentes inusitados de funcionários em uma comemoração ficcional. “Parabéns pelos seus 10 anos de empresa! Lapiseira é para quando você achar que acabou todas as forças você trabalhar mais e lembrar que sempre tem carga pra botar”, ela dizia.
Falar de uma forma satírica sobre a romantização do excesso de trabalho não é estimular o pessimismo e a negatividade, defende Mila, é encontrar o equilíbrio. “Tem aquela pessoa que diz: ‘Vai dar tudo certo’. Depende, pode não dar.”
Outra integrante do movimento “desmotivacional” é Luiza Voll, sócia da plataforma de conteúdo e mídia Contente, que lançou um desabafo no Instagram sobre o perigo das narrativas únicas ensaiadas por coaches: conquistas acompanhadas de fórmulas ou receitas, que, como efeitos colaterais, afetam a autoestima a longo prazo. “Nos culpamos, nos sentimos inferiores”, dizia no post.
A necessidade de identificação foi repercutida na pandemia, principalmente pela nova noção de tempo, diz ela. “A gente viu uma completa falta de contorno, do início do trabalho, da hora do almoço, de um momento de descanso, das relações. Isso aos poucos nos adoece.”
Como efeito, os memes surgem para gerar uma provocação de que nada é definitivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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