O resultado veio em linha com aquilo que já era esperado, uma vez que no período, a confiança, tanto do consumidor quanto do comerciante, fraquejou.
Além disso, os registros da Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sugerem que o setor ainda está ganhando corpo após as fortes quedas registradas no ano passado. Ou seja, a concorrência entre ambos os setores deve ser maior nos próximos meses.
De maio a julho, o indicador da Boa Vista havia apresentado altas de 19,5%, 8,6% e 3,9%, respectivamente, na mesma base de comparação. Diante disso, os resultados acumulados, no ano e em 12 meses, pouco mudaram em relação à aferição anterior. No ano, o indicador aponta crescimento de 1,9% até agosto, ante 2,1% em julho, ao passo que, na variação acumulada em 12 meses, ele aponta queda de 0,9%.
Segundo a Boa Vista, “o consumidor que não optar pelo crédito para alavancar seu consumo de bens e serviços, provavelmente terá de escolher entre um e outro dado que a renda já está muito comprometida em relação ao ano passado”. “Caso contrário, o aumento esperado no custo do crédito também pode refletir numa redução do consumo”, diz, ressaltando que a inflação deve tornar essas escolhas ainda mais difíceis.
A entidade destaca que o atual cenário reforça a necessidade de maiores cuidados em relação ao orçamento. “É algo que ganha ainda mais importância uma vez que o mercado de trabalho, por ora, não reagiu de forma significativa frente aos avanços até aqui observados no combate à pandemia, com aumento da população imunizada e redução das restrições”, avalia.
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