“O objetivo de convocar essa nova mobilização é criar um ambiente para o impeachment do Bolsonaro”, disse o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto Guilherme Boulos (PSOL), ex-candidato a prefeito de São Paulo e liderança da esquerda. “As manifestações do último sábado (29) já mudaram o clima político e novas manifestações expressam a definição dos movimentos sociais de não esperar até 2022 passivamente com o País no caos e na tragédia.”
A definição pela data para daqui a três semanas se deu para permitir aos organizadores angariar mais participantes nos protestos. Boulos disse contar com uma “participação expressiva” da população, a exemplo do que ocorreu na semana passada. A organização inclui centrais sindicais, partidos como o PSOL e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Ao comentar a eventual aglomeração de pessoas nas ruas diante de uma possível terceira onda de covid-19, que já começa a tomar forma no País, segundo alguns especialistas, Boulos afirmou que “com os protocolos que nós adotamos, foi possível fazer as manifestações”. “A gente espera que seja nesse cenário para o dia 19”.
Os protestos de domingo, 30, ocorreram de forma pacífica, a exceção de Recife (PE), onde a repressão praticada pela Polícia Militar resultou em duas pessoas com ferimentos graves nos olhos. Nesta terça-feira, 1º, o governador do Estado, Paulo Câmara (PT), exonerou o comandante da PM pernambucana, depois de ter afastado, antes, o comandante da tropa que atacou os manifestantes com bombas e balas de borracha.
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