O Ministério Público do Paraná (MP-PR) precisou intervir para assegurar a transição de governo em Francisco Beltrão, devido a um embate político que ameaça prejudicar a continuidade da administração municipal. A recomendação administrativa foi assinada pelo promotor Fabrício Trevizan de Almeida e endereçada ao atual prefeito, Cléber Fontana (PSDB), com o objetivo de estabelecer um processo de transição eficiente e transparente para o prefeito eleito, Antonio Pedron (MDB).
Recomendações do MP
O MP recomendou ao prefeito Cléber Fontana:
- Formação de uma equipe mista de transição, composta preferencialmente por servidores efetivos das áreas jurídica, contábil, financeira e de controle interno, bem como por pessoas indicadas pelo prefeito eleito.
- Nomeação oficial dos indicados pelo prefeito eleito para que possam atuar com legitimidade no processo.
- Disponibilização de instalações físicas adequadas, garantindo um espaço de trabalho para a equipe de transição.
- Fornecimento de informações e documentos essenciais, como relação de servidores, contratos vigentes, relatórios de licitações em andamento e outros registros administrativos.
Essas medidas visam assegurar a continuidade dos serviços públicos e evitar prejuízos ao município e seus cidadãos.
Advertência de Medidas Legais
O promotor alertou que, caso o prefeito não cumpra as recomendações, o MP poderá entrar com ações de responsabilidade cível e criminal contra ele. Entre os riscos apontados estão a descontinuidade administrativa, o extravio de documentos e a interrupção de serviços essenciais.
Conflito Político
O conflito entre Cléber Fontana e Antonio Pedron tem origem no rompimento político entre ambos, agravado durante as eleições municipais. Fontana apoiou o candidato Antônio Carlos Bonetti (PSD), que também recebeu apoio do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano, figura influente na região.
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Entretanto, o resultado das eleições foi uma vitória expressiva de Pedron, que obteve 62,48% dos votos, contra apenas 25,98% de Bonetti. A derrota pode comprometer os planos de reeleição de Ademar Traiano, que deixa a presidência da Assembleia em fevereiro de 2025.
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