No MP, as apurações tiveram como ponto de partida relatos de arbitrariedades que a polícia teria cometido ao entrar na favela. Recentemente, a Promotoria criou um canal para receber esse tipo de denúncia. No caso do Jacarezinho, elas chegaram via “cidadãos, instituições, associações e coletivos, trazendo relatos, imagens e vídeos da operação.” Testemunhas e familiares começam hoje a prestar depoimento.
Preocupado com a independência das investigações, o MP também enviou, na sexta-feira passada, um perito próprio para acompanhar os trabalhos do Instituto Médico Legal, que é ligado à Polícia Civil.
Uma das primeiras instituições a se manifestar sobre o episódio do Jacarezinho, a Defensoria viu indícios de execuções quando visitou a comunidade, logo após a ação policial. Disse ter encontrado um cenário que apontava, inclusive, para “desfazimento da cena do crime”.
No encontro que terá com as famílias nesta tarde, a Defensoria vai estar acompanhada da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio, além do braço fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ). Esses dois representantes também foram à favela no dia da ação e colheram relatos dos moradores.
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