Com Assessoria
Em Capanema, a 2ª Procuradoria de Justiça da comarca, ofereceu denúncia pela prática de pelo menos 19 crimes que teriam sido praticados por três pessoas de uma mesma família.
A ação penal é fruto da Operação Onzenário, deflagrada em fevereiro de 2020 pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) para combater crimes contra a economia popular e lavagem de dinheiro.
Segundo apurado, especialmente a partir da análise de documentos apreendidos (cheques, agendas, contratos, notas promissórias, termos de confissão de dívidas, entre outros) e de dados extraídos de aplicativos de mensagens instantâneas de aparelhos celulares e de quebra de registros bancários e fiscais (todos angariados por meio de medidas cautelares sigilosas), a família investigada possuía, como forma de complementar renda, a prática habitual de usura pecuniária (agiotagem).
De acordo com as investigações, houve aumento de mais de 90% do patrimônio imóvel dos denunciados durante o período investigado, iniciando pelo ano de 2015.
A Promotoria de Justiça pede a condenação dos envolvidos e a perda, como produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença entre o patrimônio dos condenados e aquele compatível com os seus rendimentos lícitos, conforme autoriza o artigo 91-A, do Código Penal, inserido pelo nominado “Pacote Anticrime”.
O processo corre sob sigilo absoluto, a pedido do próprio MP, tendo em vista a natureza do material instrutório, que contém dados confidenciais de pessoas diversas (tais como expedientes bancários e diálogos privados em aplicativos de mensagens instantâneas).