Mulher denuncia estupro e furto por universitários em Curitiba

A consultora Susana Aretz, 31 anos, denunciou ter sido estuprada e furtada por dois universitários — estudantes de Medicina e Arquitetura — e um adolescente, após uma festa em um apartamento no Batel, em Curitiba, na noite de 9 de agosto. Em entrevista coletiva, ela relatou não lembrar como saiu da lanchonete onde foi abandonada, hipótese que, segundo sua defesa, pode indicar drogadição. Imagens de câmeras de segurança mostram os jovens deixando a vítima no local; o caso é investigado como crime sexual em concurso com furto qualificado.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços nos bairros Batel e Água Verde na quinta-feira (4). Foram recolhidos celulares, notebooks e outros dispositivos ligados aos investigados, ambos de 19 anos. As apurações seguem em andamento.

O Ministério Público do Paraná (MPPR) solicitou prisão temporária de um dos investigados e o encaminhamento de ato infracional contra o adolescente. Em declarações à imprensa, a defesa de Susana afirmou que os suspeitos são “jovens de famílias influentes” e que a vítima foi colocada em condição de vulnerabilidade.

O que dizem as partes

Segundo o advogado Igor José Ogar, representante de Susana, imagens obtidas pela investigação mostram “frieza” dos suspeitos e auxiliam a reconstruir a cronologia após a festa. A defesa dos jovens, por sua vez, afirmou em nota que o depoimento da vítima “não corresponde à verdade dos fatos” e que ainda não teve acesso ao inquérito.

Linha do tempo do caso

  • 9 de agosto: festa em cobertura no Batel; vítima é deixada em lanchonete; cartões teriam sido furtados.
  • 4 de setembro: PCPR cumpre buscas e apreensões em endereços ligados a dois universitários (19 anos).
  • 8 de setembro: vítima fala publicamente; MPPR pede prisão temporária de um investigado e ato infracional contra adolescente.

Orientação às vítimas e canais oficiais

Casos de violência sexual devem ser comunicados ao 190 (PM), 197 (Polícia Civil) ou em delegacias especializadas; denúncias podem ser feitas também pelo Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher). Procure atendimento médico imediato para profilaxias e coleta de vestígios.

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