Vilmar Marques, presidente da SBM, explica que a vacina é a inoculação de uma partícula que gera um processo inflamatório, podendo causar reação local e regional. A reação local é percebida horas após a vacinação, quando o braço fica vermelho, duro e inchado.
A reação regional está ligada à inflamação dos linfonodos. Se a vacina é aplicada no braço, isso pode se refletir na axila ou na região cervical, surgindo “caroços” nessas regiões. “É algo super comum e que acontece com várias outras vacinas. Nada mais é do que uma resposta do seu organismo”, diz Marques.
De acordo com a entidade, a linfonodopatia axilar foi relatada por 11,6% das pessoas que receberam a vacina contra a covid-19 da Moderna, imunizante não usado na campanha de vacinação no Brasil, mas que tem sido aplicado em maior quantidade nos Estados Unidos. Outras vacinas que provocam uma resposta imune forte como a do sarampo e a da influenza podem gerar a mesma reação.
“Se a paciente apresentar uma linfonodopatia axilar ou cervical logo após a vacina, isso muito provavelmente é uma reação ao imunizante”, diz o presidente da entidade. A recomendação para que mulheres façam mamografia antes da vacina ou quatro semanas após a segunda dose é uma forma de evitar erros no diagnóstico. Se a paciente não puder esperar o tempo recomendado entre a vacina e o exame, deve informar ao radiologista e ao médico que a acompanha que recebeu a dose do imunizante.
Caso esse sinal dure mais de quatro semanas, deve-se procurar uma assistência médica para investigar. A vacina não causa câncer, mas pode haver a coincidência de os sinais do câncer surgirem na mesma época em que a pessoa recebeu o imunizante. Mulheres acima de 40 anos devem fazer o exame de mamografia anualmente.
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