Na tarde da quarta-feira (3), o Município de Pato Branco, através do Departamento de Comunicação encaminhou uma nota ao Diário do Sudoeste, com referência ao adiamento do lançamento da 19ª Exposição Feira Agropecuária Industrial e Comercial de Pato Branco (Expopato), prevista para acontecer de de 7 a 15 de outubro.
A nota é atribuída a Administração Municipal, afirmando que “com relação a realização da 19ª edição da Expopato, pré-agendada para o mês de outubro, informamos que há interesse da Administração Municipal e da Sociedade Rural em realizar a mesma, com o apoio dos parceiros Associação Comercial e Empresarial, Sindicomércio e Sindicato Rural.”
Ainda de acordo com a manifestação “a Sociedade Rural está em busca de um novo parceiro para realizar o evento, uma vez que a empresa selecionada inicialmente não teve contrato assinado devido a fatos que surgiram no decorrer dos dias após a reunião de alinhamento do evento.”
O que aconteceu?
Na sexta-feira (28), o Departamento de Comunicação do Município de Pato Branco, divulgou o lançamento da 19ª Expopato, previsto ontem (3) foi “transferido”, contudo, sem uma nova data para a realização da apresentação oficial da Expopato 2022, que segundo anúncio feito à imprensa no início de abril, é uma parceria da Sociedade Rural e promoção da Prefeitura de Pato Branco.
Quando da realização da coletiva de imprensa que conformou a realização da feira (5 de abril), foi revelado que uma produtora de shows de Chapecó (SC), seria a responsável pela realização dos shows. A logomarca da empresa chegou a ser vinculada no convite que foi divulgado anteriormente para o lançamento da feira e já do de adiamento não constava mais.
Ocorre que esta produtora, segundo o site do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), foi alvo da operação “Finda Folia”, deflagrada em 25 de abril pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), teve como finalidade o cumprimento de dois mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Um dos mandados de busca em apreensão foi cumprido em Brasília pelo Gaeco do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), uma vez que um dos alvos que estava em viagem no Distrito Federal.
Também de acordo com o MPSC, os fatos são investigados em Procedimento Investigatório Criminal (PIC) instaurado pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos e pelo Grupo Especial Anticorrupção (GEAC), que busca apurar a ocorrência de possíveis crimes de associação criminosa, fraude em licitação ou contrato e frustração do caráter competitivo de licitação, envolvendo agentes públicos municipais e pessoas ligadas a empresa participante de procedimento licitatório.
O nome “Finda Folia” foi escolhido em alusão ao objeto do processo licitatório, qual seja, a promoção de eventos para a organização, exploração e realização da solenidade festiva de Carnaval em município do oeste catarinense. “Finda Folia” remete ao término da festividade e do processo fraudulento de contratação de empresa para organização das comemorações de carnaval.
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