Prefeitos de todo o Paraná estão se mobilizando para chamar a atenção para a grave crise financeira que afeta os municípios do estado. Liderados pela Associação dos Municípios do Paraná (AMP), as 19 associações regionais e diversas prefeituras lançarão na próxima quarta-feira (30-08) a campanha “Sem repasse justo, não dá!”.
Entrega das Reivindicações e Reuniões Estratégicas
As demandas serão oficialmente entregues à bancada federal do Paraná no dia 4 de setembro, às 8h30, na sede da AMP em Curitiba. A Diretoria da AMP também está em busca de agendamentos com o Governador Carlos Massa Ratinho Junior e com a Assembleia Legislativa para discutir uma pauta estadual.
Objetivos da Mobilização
Segundo Edimar Santos, presidente da AMP e prefeito de Santa Cecília do Pavão, a campanha visa destacar a queda de 20% na arrecadação das prefeituras no segundo quadrimestre deste ano, uma queda que engloba tanto repasses da União quanto do Estado. “Não queremos paralisar os serviços, mas é crucial que a sociedade entenda a gravidade do problema”, afirmou Santos.
Diversas Reivindicações
Além de pedir um aumento no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que é a principal fonte de receita para 70% das prefeituras do estado, as autoridades municipais também estão reivindicando mais recursos em diversas áreas. Entre as demandas estão: aceleração da reforma tributária, maior repasse para saúde, e o pagamento de emendas parlamentares pelo Governo Federal.
Crise Financeira Comprovada
Dados recentes da AMP e da Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostram que 52% dos municípios do Paraná tiveram déficit no primeiro semestre deste ano. Além disso, houve uma queda de 34% no primeiro repasse do FPM em julho deste ano em comparação ao mesmo período de 2022. O ICMS também sofreu uma redução drástica, com estimativas apontando uma queda de receita de R$ 100 bilhões apenas em 2022 para as prefeituras brasileiras.
Urgência na Resolução
Em meio a um cenário de recursos escassos, os municípios do Paraná buscam unir forças para garantir a continuidade e a qualidade dos serviços prestados à população. A crise financeira, acentuada pela queda nos repasses e na arrecadação, torna cada vez mais urgente a necessidade de soluções efetivas.
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