Museu Nacional pede doações e prevê inauguração de área externa em 2022

Para marcar os três anos do incêndio que destruiu o Museu Nacional, a instituição lançou nesta quinta-feira, 2, uma campanha para a recomposição do acervo consumido pelo fogo. Serão necessárias dez mil novas peças para os quatro circuitos expositivos, além do que está sendo recuperado dos escombros. A previsão de reinauguração do museu é para 2026.

“Temos total consciência de que não teremos sucesso sem a intensa colaboração nacional e internacional”, afirmou o diretor do museu, paleontólogo Alexander Kellner. “Precisamos de exemplares de animais e plantas, de fósseis e minerais, objetos etnográficos, históricos, arqueológicos e tantos outros.”

A instituição já recebeu algumas contribuições que Kellner considera importantes. O diplomata aposentado Fernando Cacciatore doou 27 peças greco-romanas. O pesquisador Wilson Savino colaborou com uma coleção etnográfica africana. Já o indígena Tonico Benites cedeu uma coleção etnográfica indígena. Ao todo, são cerca de 500 peças.

As peças serão essenciais para a recomposição dos quatro circuitos expositivos do museu. Serão eles o Histórico (mil peças), Universo e Vida (4.500 peças), Diversidade Cultural (2.500 peças) e Ambientes Brasileiros (2.000 peças).

Durante os trabalhos nos escombros, foram recuperados 5 mil lotes de fragmentos. Os especialistas do museu esperam a construção dos novos laboratórios para começar a trabalhar nesse material.

No ano que vem, para marcar a comemoração do Bicentenário da Independência, a previsão é que haja uma inauguração parcial das obras externas já concluídas. Elas incluem o Jardim das Princesas e pelo menos uma parte da fachada e do telhado do bloco 1. Esse é o setor histórico do Palácio São Cristóvão.

Fogo destruiu antiga ‘casa’ dos imperadores

Primeira instituição do gênero do Brasil, fundado por D. João VI em 1818, o Museu Nacional funcionava na antiga residência oficial dos imperadores brasileiros. A construção fica na Quinta da Boa Vista, hoje um parque em São Cristóvão, na zona norte carioca. Desde 1946, é vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Na noite de 2 de setembro de 2018, o fogo destruiu totalmente o prédio da sede do museu. Praticamente todo o acervo – 12 mil peças – foi reduzido a cinzas. Um inquérito da Polícia Federal concluiu que o incêndio foi resultado de um curto-circuito em instalações de refrigeração de ar.

A previsão orçamentária para a recuperação de todo o museu é de R$ 385 milhões. Já foram captados 64% dos recursos necessários.

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