Ela salientou que muito se fala em cifras no evento sobre ajudar a região, mas poucas ações práticas têm sido vistas. “Ouvimos nos últimos dias bilhões para proteger índios, florestas”, disse.
É preciso, no entanto, segundo a diretora, excluir financiamentos de atividades do setor de petróleo e de outros combustíveis fósseis em todo o mundo.
Especificamente sobre a região, ela destacou que há empresas desse segmento no Equador, no Peru e em “todo o entorno da Amazônia”. “Não temos mais tempo. Temos que estancar os financiamentos para estancar a degradação.”
O líder indígena Huitoto Muruy, Jorge Perez, falou que há comunidades com problemas de alimentação básica e que em algumas áreas estão com água contaminada por esse tipo de atividade, com pessoas com sérios problemas de saúde. O que ele quer é que os responsáveis assumam essa responsabilidade e parem de criar problemas ambientais.
O governo não quer ou não pode responder à pergunta sobre o pedido do fim da atividade exploradora no Peru. “Pedimos à autoridades, às instituições financeiras, aos bancos para quem nos acompanhem nas nossas demandas e que essas atividades não signifiquem um problema para os povos.”
Outros representantes de ONGs e de tribos indígenas que estavam na coletiva também criticaram de forma forte a presença de petroleiras na região, contando exemplos de degradação da região e da interferência negativa sobre as comunidades locais. Da mesma forma, engrossaram o coro dos pedidos de paralisação do financiamento ao setor.
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