O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta segunda-feira (03) da solenidade de posse da nova diretoria do Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e destacou a importância do setor o para o desenvolvimento do Estado. “O Paraná tem o maior número de cooperativas do Brasil, e as maiores. O setor gera emprego, renda e investimentos, ajudando fortemente a impulsionar a economia”, disse ele.
O engenheiro agrônomo José Roberto Ricken, atual presidente, foi reeleito para conduzir a entidade de 2023 a 2027. No encontro, foi ressaltado que os resultados do cooperativismo em 2022 mostram a força do setor no Paraná: 64% do que se produz no Estado vêm das cooperativas. Somente no ano passado o setor atingiu faturamento de R$ 187,84 bilhões e US$ 7,4 bilhões em exportações.
Ratinho Junior mencionou a atuação da Ocepar. O sistema atualmente representa 225 cooperativas dos ramos agropecuário, de crédito, saúde, infraestrutura, consumo, trabalho, produção de bens e serviços e transporte. “No Paraná, a Ocepar é uma entidade que participa das decisões em áreas estratégicas como logística, na questão ambiental, no planejamento hídrico do Estado, além do agronegócio, que é uma grande referência”, acrescentou.
O novo presidente afirmou que o Estado tem um bom diálogo com as cooperativas paranaenses e desenvolve constantemente uma série de ações para apoiar o setor, sobretudo na área de infraestrutura e logística. “Temos liberdade para discutir e propor projetos e participar de forma ativa. Precisamos de uma infraestrutura adequada e o Governo do Paraná está investindo nisso. Nunca se investiu tanto em infraestrutura”, destacou José Roberto Ricken.
INVESTIMENTOS – Em 2022, o governador anunciou mais de R$ 2,5 bilhões em investimentos em infraestrutura, entre ordens de serviço, licitações para novas obras e dois grandes aportes no Porto de Paranaguá – um do setor público, de R$ 1,3 bilhão no Novo Corredor de Exportação, e um do privado, de R$ 800 milhões para novas esteiras transportadoras.
“Um Estado como o Paraná, que é um importante produtor de alimentos e tem grandes polos industriais, precisa de expressivos projetos de infraestrutura. Desde o início do nosso governo tiramos do papel as principais obras pendentes, como a Ponte da Integração, a Boiadeira, a Rodovia dos Minérios e a revitalização da PR-323, e nos organizamos para deixar um banco de projetos muito robusto para os próximos dez anos”, disse o governador.
Também foram citadas a modernização e ampliação do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, que recebe investimento de R$ 1,3 bilhão na obra, e a implantação de novas esteiras transportadoras para receber fertilizantes que chegam de outros países, agilizando o desembarque de produtos importados. Além disso, estão em andamento obras como o novo Moegão, para absorver a produção transportada pelo modal ferroviário, com um investimento de R$ 524 milhões.
Outro projeto para beneficiar a produção no Estado é a Nova Ferroeste. Serão 1.304 quilômetros de ferrovias, ligando Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá. Já a conexão entre Cascavel e Foz do Iguaçu vai permitir a integração com o Paraguai e a Argentina, tornando o Paraná uma central logística da América do Sul.
INCENTIVOS — O Governo do Estado tem adotado uma série de medidas em outras áreas para apoiar o setor cooperativista. A partir deste ano, após uma decisão da Secretaria de Estado da Fazenda, sete cooperativas paranaenses poderão investir em torno de R$ 237 milhões na construção de usinas de geração de energia renovável. O investimento foi possível com a autorização para transferência de créditos acumulados do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em contrapartida à construção de usinas de biomassa e fotovoltaicas.
O Estado também tem programas voltados ao Apoio ao Cooperativismo da Agricultura Familiar do Paraná (Coopera Paraná), com o objetivo de fortalecer essas organizações como instrumentos para melhorar a competitividade e a renda dos agricultores familiares. O Estado conta ainda com o Susaf/PR – Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte, pelo qual os municípios podem autorizar que agroindústrias qualificadas com inspeção municipal comercializem seus produtos em todo o Estado. Além disso, existe o Banco do Agricultor Paranaense, com linhas que contemplam investimentos para implantação, expansão, modernização e adequações para atendimento às exigências sanitárias de agroindústrias, entre outras iniciativas.
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