Com apenas duas vitórias e quatro empates (sem considerar disputas de pênaltis) no retrospecto total em Tóquio, algo improvável para a seleção medalhista de ouro, o Canadá superou países mais consolidados na modalidade como Estados Unidos, Brasil e, agora, a Suécia, atingindo um feito histórico de forma extenuante, mas podendo soltar o grito depois do drama que foi conseguir o primeiro lugar inédito no pódio em uma edição olímpica.
A Suécia, que até então não havia perdido nenhum confronto, abriu o placar com a atacante Blackstenius, aos 34 minutos do primeiro tempo. No intervalo, o resultado final estava encaminhado para as suecas, que já apresentavam desde a primeira rodada um futebol mais vistoso e bem trabalhado, além de terem sido melhores nos 45 minutos iniciais.
Mas o Canadá, como fez durante a Olimpíada, não desistiu e voltou bem melhor. Aos 21 minutos do segundo tempo, uma das principais jogadoras da equipe, Jessie Fleming, converteu um pênalti bem batido e deixou tudo igual no marcador.
A pressão canadense era grande e as suecas aguentavam o tranco com o bom sistema defensivo, vazado apenas quatro vezes em seis jogos. O placar de 1 a 1 se manteve e a prorrogação foi iniciada. As equipes já estavam cansadas pela correria e pela pressão de uma final e acabaram baixando o ritmo. Com poucas chances, as estratégias para os pênaltis já começavam a ser traçadas.
Mas ninguém imaginaria tantos erros nas penalidades. Com seis batidas para cada lado, chegando às cobranças alternadas, o Canadá garantiu a medalha de ouro com a vitória por 3 a 2. Foram quatro erros das suecas. Destaque para a goleira Stephanie Labbé, que defendeu dois chutes. A volante Júlia Grosso decretou o ouro para o Canadá na 12.ª cobrança.
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