Ao Estadão, Huck afirmou, contudo, que “não vai se distanciar do debate” e revelou que “vai atuar” na escolha de projetos para o País ao ser perguntado sobre de que forma irá participar da sucessão presidencial. “Não vou me distanciar do debate e da discussão política. Estou nela e vou ficar. A beleza da democracia é poder escolher entre projetos para o País e é onde vou atuar”, disse. “Vou continuar contribuindo até onde minha voz alcançar, juntando pessoas e buscando soluções.”
Huck explicou a opção pela TV ao dizer que “nada conecta mais gente no Brasil”. Razão pela qual vai aproveitar nesse “novo ciclo na Globo a valiosa chance de canalizar esta força para iluminar caminhos, curar feridas e resgatar esperanças”.
“Meu compromisso em melhorar a vida e resgatar a esperança dos brasileiros é para valer – e para sempre. A fumaça não volta para dentro da garrafa. Há mais de 20 anos venho rodando o Brasil e sendo impactado pela nossa realidade de enormes desigualdades sociais. Isso vem me transformando, mais e mais. A pandemia cruelmente acentuou essas desigualdades e nos mostrou (ou relembrou) que todos estamos conectados”, afirmou ao Estadão.
O mesmo raciocínio o apresentador expôs no programa Conversa com Bial, da TV Globo, que na madrugada de quarta-feira, 16, revelou que o novo projeto de Huck passava longe de Brasília. E assim a segunda aposta do centro para tentar furar a polarização Bolsonaro-Lula com um outsider abandonava o projeto. Antes dele, o ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro saiu de cena após uma frustrada tentativa de combater a corrupção no governo Jair Bolsonaro.
Huck disse ao seu colega da Globo que votou em branco no segundo turno da disputa presidencial de 2018, quando Bolsonaro enfrentou o petista Fernando Haddad, e que seguirá o mesmo script em 2022 caso o cenário PT versus Bolsonaro se repita. O apresentador não nominou o presidente em suas críticas e não indicou, nem foi perguntado por Bial, quem levaria seu voto entre os quadros de centro que ainda restaram. Ciro Gomes (PDT), João Doria e Eduardo Leite, do PSDB, ou Luiz Mandetta (DEM). Todos políticos profissionais.
No diagnóstico do apresentador, em 2022 o eleitor, mais do que nomes, vai escolher de que lado está. “Esse momento a gente não está falando sobre A ou B. A gente está falando sobre quem defende e quem não defende a democracia. Quem defende a democracia estará de um lado e quem não defende estará do outro. E eu estarei sempre do lado da democracia.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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