A trajetória do escritor e o nascimento da personagem Narizinho são apresentados em imagens e textos. O site da mostra reúne fotos, cartas de crianças leitoras, ilustrações do cartunista Voltolino e imagens de livros que compõem a história de Monteiro Lobato. Uma seção é dedicada a discutir as acusações de racismo contra o autor.
A curadora Patricia Tavares Raffaini destaca o material raro do autor disponível no site. “Na exposição, o público poderá verificar na íntegra, não só a primeira edição da obra, muito diferente das versões posteriores, como também o manuscrito que deu origem às aventuras de Narizinho e Pedrinho”, conta a professora e pesquisadora da Unifesp.
A obra original foi posteriormente transformada no primeiro capítulo de Reinações de Narizinho e a personagem atravessou gerações com o Sítio do Picapau Amarelo. Narizinho é o apelido de Lúcia, uma menina de oito anos, que é dona da boneca falante Emília e prima de Pedrinho.
“A exposição recupera a história do livro A menina do narizinho arrebitado pelo prisma da biografia de Monteiro Lobato e do ambiente literário, artístico, educacional e político que envolveu as primeiras edições da obra, desde o seu lançamento em 1920″, completa a curadora, professora e pesquisadora da USP, Gabriela Pellegrino Soares.
No dia da abertura, às 14h, Patrícia e Gabriela fazem uma mesa redonda com o designer da exposição Magno Silveira e a convidada Cilza Bignotto, escritora e professora de Literatura Brasileira e Teoria Literária na Universidade Federal de Ouro Preto.
A mesa de abertura pode ser acessada pelo site da BBM, e a exposição pode ser vista no site Uma menina centenária.
Confira: (http://ameninacentenaria.bbm.usp.br/).
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