Pe. Lino Baggio, SAC
Os cristãos, com toda a Igreja, devem celebrar a solenidade do Natal do Senhor, com muita fé. Nesta ocasião especial, lancemos um olhar de muita fé sobre o nascimento de Jesus. De fato, esse é um grande “mistério da fé” que acolhemos de modo humilde, reverente e agradecido.
Com Maria, renovemos nossa fé no desígnio salvador de Deus, que quis vir ao encontro da humanidade de maneira tão surpreendente, enviando o Filho eterno, para que nascesse humano, por meio de uma mulher. Com Maria, cremos que nada é impossível a Deus, mesmo o fato de esvaziar-se de sua glória para se submeter às condições de criatura humana, no tempo e no espaço.
Com São José, devemos crer que o filho nascido de Maria não foi concebido nela por obra de homem, mas pela ação do Espírito Santo; por isso, é o Filho do Altíssimo Deus que, por ela, nasce homem e se faz nosso irmão na humanidade. Como José, também cremos na misteriosa “obra do Espírito Santo” em Maria e aprendemos a admirar e amar a Mãe de Jesus.
Acolhendo o anúncio do anjo aos pastores de Belém, cremos que a glória de Deus, mesmo não aparecendo, está presente na criança que nasceu de Maria e a quem José deu o nome de Jesus; é o Filho eterno, desde sempre unido à glória do Pai, que se faz pequenino e frágil para estar próximo a todos e apiedar-se da frágil condição humana, solidário com todos os que são pequeninos e não têm a glória deste mundo.
Com os pastores de Belém, admiramos a glória de Deus que se manifestou no menino Jesus e nos alegramos com o que ouviram e nos foi transmitido a respeito Dele, mesmo se nem sempre compreendemos tudo; com eles, caímos de joelhos e adoramos o Menino; nele reconhecemos o Pastor dos pastores, o Príncipe da paz; como os Magos, saímos a contar, cheios de fé, o que vimos e ouvimos a respeito do Menino.
Com os reis magos, vindos do Oriente, guiados por uma estrela, também nós nos colocamos a caminho, deixando a comodidade da descrença e do ceticismo, e saímos à procura do Grande Rei, que nasceu humilde. Como eles, dóceis à voz da consciência e perseverantes, seguimos procurando até achá-lo; com profundo reconhecimento, nos prostramos diante Dele e o adoramos; e lhe oferecemos, como homenagem, a nossa própria vida. Também pedimos que Deus nos livre de ficarmos indiferentes e descrentes diante do Sublime Mistério, como tantos ficaram já naquele tempo! E se fecharam à novidade surpreendente de Deus e nada aproveitaram do dom de amor que Deus enviou do céu à humanidade!
Hoje, “Belém é aqui, aqui é Natal!”. Deus é continuamente o “Deus-que-vem” ao nosso encontro, de formas surpreendentes! Diante dele, nós podemos acabar tomando as mesmas atitudes dos personagens do primeiro Natal. Cabe a nós acolher ou fechar as portas.
Se temos fé, devemos fazer como os pastores de Belém, que ficaram fascinados com tudo o que viram e ouviram e saíram a contar aos outros.
Faço votos que todos tenham um santo Natal! Natal feliz é Natal com fé. Assim, poderemos alegrar-nos verdadeiramente e sentir a paz que o Menino Jesus nos trouxe.
Feliz e abençoado Natal a todos!
Vigário Paroquial na Paróquia São Roque – Coronel Vivida
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