De acordo com o Hareetz, os cofres que guardam documentos ficam em uma área conhecida como aquário, ocupada pelo primeiro-ministro e por seus assessores mais graduados. Geralmente, a papelada é composta pela agenda de funcionários seniores e documentos relacionados aos seus trabalhos. Uma parte da documentação teria sido transferida normalmente para o escritório, onde poderá ser acessada por Bennett e seus assessores.
A transição de poder entre Netanyahu e Bennett foi carregada de tensões. Considerado um aliado-chave de Netanyahu, Bennett abandonou em maio o então premiê para se juntar à coalizão heterogênea liderada pelo centrista Yair Lapid. A reviravolta encerrou um período de 12 anos de poder.
Desafiador, o premiê mais longevo de Israel se manteve combativo, atacou o “perigoso governo de esquerda” e prometeu voltar ao poder. “Se estamos destinados a ser a oposição, faremos isso de cabeça erguida até podermos derrubá-lo”, declarou Netanyahu em seu último discurso na Knesset, o parlamento israelense. “Se Deus quiser, vamos derrubá-lo mais cedo do que as pessoas pensam.”
A lei israelense determina que funcionários públicos etiquetem e enviem todos os seus documentos a arquivos estaduais. A regra vale inclusive para itens pessoais, como agendas. Todos são considerados propriedade do Estado.
Netanyahu deixou o cargo no último domingo, quando a Knesset aprovou uma moção de confiança à aliança de Lapid e Bennett. O novo governo será formado por uma ampla coalizão que vai de nacionalistas judeus de direita a políticos árabes-israelenses. A aliança foi formada com o principal objetivo de depor Netanyahu e conseguiu uma apertada maioria de 60 votos a favor, 59 votos contra e 1 abstenção.
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