Em setembro, lançou o clipe Iluminados. A canção é a forma que o paraense encontrou para homenagear os profissionais da saúde que o atenderam em um momento tão delicado. O clipe, inclusive, contou com a participação de integrantes da equipe médica que auxiliaram Nilson. “A música é o resultado da minha experiência”, diz ele ao Estadão.
O músico também começa a voltar aos palcos. Neste sábado, 6, e domingo, 7, o paraense fará dois shows em São Paulo, no Teatro Rotina. A ideia é fazer um passeio por sua discografia, relembrando canções como Sabor Açaí e Olho de Boto. No entanto, há mudanças. “A ideia é também trazer algumas músicas novas para destemperar o tempero”, revela o cantor, aos risos.
Para Nilson, esse momento de pisar novamente em um palco e sentir o calor do público é especial. Ainda que no período de quarentena rígida ele tenha descoberto a possibilidade de fazer lives pagas exclusivas para fãs, este é um retorno aguardado. “Era um momento de isolamento total e as dificuldades foram bem maiores”, diz.
OLHAR AMAZÔNICO
Nilson tem outro motivo para comemorar: ele está completando 40 anos de lançamento de seu primeiro disco, Dança de Tudo. Hoje, o paraense olha para sua jornada de maneira diferente de quando começou.
“Minha carreira é consistente. Mas, quando eu resolvi abraçar uma identidade musical amazônica, soube que ia demorar a ter reconhecimento. Felizmente, isso acabou chegando, ainda mais sendo aliado de vários companheiros como Leci Brandão, Ivan Lins, Zeca Baleiro”, complementa. “Essa turma foi importante para que eu pudesse ter visibilidade com meu trabalho.”
Nessa conversa com o Estadão, por telefone, Nilson relembra com carinho um momento específico: a indicação para o Grammy Latino em 2001. “Estava indo para Los Angeles em um avião que estavam a Shakira e a Christina Aguilera. Ninguém tinha ideia quem eu era”, conta. “Só que quando eu cheguei no aeroporto, os jornalistas vieram falar comigo. Não entendi. Aí que percebi que era o primeiro artista da Amazônia indicado ao Grammy Latino.”
Atualmente, Nilson Chaves não se incomoda de ser rotulado como “artista amazônico” ou coisa que valha. “Todo mundo queria saber como era a música da Amazônia. Hoje, me fez ser um artista em que qualquer um vê o meu nome na representatividade amazônica”, constata.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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