Na comparação com o mesmo mês de 2020, a alta foi de 25,8%. Desde o início do ano, a produção de agosto fica atrás apenas do número registrado em março: 125,6 mil motocicletas.
Na avaliação do presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, o resultado confirma a retomada de atividade das fábricas de motos, que tentam acelerar a produção para diminuir as filas de espera formadas nas concessionárias no início do ano, quando o funcionamento das linhas foi comprometido por restrições da pandemia.
Em janeiro, em meio ao colapso nos hospitais de Manaus, o governo local limitou o expediente na indústria a 12 horas diárias, incluindo o tempo de deslocamento dos funcionários até o local de trabalho. Além disso, toda a produção de oxigênio foi destinada aos hospitais para tratamento de pacientes com covid-19, afetando etapas da produção que dependem de gases industriais, como trabalhos de solda.
Agora, o ponto de atenção, segundo Fermanian, está nos riscos de abastecimento de peças da Ásia, onde surtos de covid levam a fechamento de portos. “Estamos acompanhando atentamente as dificuldades de logística para o fornecimento de insumos. Houve casos de fechamento de alguns portos, principalmente na China, devido aos casos da variante delta do coronavírus. Esse é um problema global”, comenta o presidente da Abraciclo.
Ele acrescenta que o aumento no custo de aquisição do produto, com o avanço da inflação e dos juros dos financiamentos, também pode afetar a reação do setor.
Desde o início do ano, as montadoras de motos produziram 787,6 mil unidades, o que representa um aumento de 33,8% em relação aos oito primeiros meses de 2020, quando a indústria de veículos de duas rodas também foi afetada pela chegada da pandemia ao País.
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