Com palavras de ordem, faixas e gritos de “fora, Bolsonaro”, o protesto faz críticas à condução do governo no enfrentamento da pandemia. Mas também traz uma pauta diversificada, com demandas sociais e econômicas, inclusive contra a privatização da Eletrobras e da Cedae, a companhia de saneamento do Estado do Rio.
As manifestações são convocadas e apoiadas por movimentos sociais, partidos políticos, centrais sindicais, entidades estudantis, entre outros grupos organizados. Guardas municipais e policiais militares acompanham o protesto e orientam o trânsito na região. Nenhuma ocorrência foi registrada até o momento.
Nos trios elétricos dos organizadores, oradores se revezam com críticas ao presidente. Uma das vozes ouvidas foi da cantora de samba Teresa Cristina.
“É uma pena que a gente esteja passando por isso. Esse presidente é sujo, é muito corrupto”, gritou a cantora. Ela cantou o samba enredo da Mangueira “Pra Ninar Gente Grande”, que ataca narrativas históricas oficiais.
Uma das manifestantes é a publicitária Malu Ibarra, 56, moradora da zona sul do Rio. Ela participou de todas as grandes manifestações na cidade desde as Diretas Já, que mobilizou cerca de um milhão de pessoas em comício na Avenida Presidente Vargas, em 1984. Para ela, o governo Bolsonaro é o pior desde o golpe militar.
“Estou aqui, em primeiro lugar, para fortalecer a democracia. Estou aqui também pedindo a saída do Bolsonaro ou tentando esvaziá-lo para que não se mantenha no poder na próxima eleição”, disse a publicitária. Ela disse que optou por anular seu voto na eleição presidencial passada.
A grande maioria das pessoas presentes usa máscara. Durante a caminhada, os manifestantes buscam manter distanciamento. A aglomeração é maior no entorno do principal carro de som.
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