Há duas versões, que compartilham o motor e a ciclística: Standard e Adventure Sports ES. O câmbio ECT, automatizado de duas embreagens, é opcional para ambas. Para a configuração de topo equipada com esse câmbio, como a avaliada, a tabela é de R$ 97.490.
O motor de dois cilindros teve a capacidade aumentada para 1.084 cm3, o que melhorou o desempenho da moto. A potência subiu de 88,9 cv para 99,3 cv nos mesmos 7.500 rpm. Já o torque cresceu de 9,5 mkgf para 10,5 mkgf a 10.500 giros.
O quadro também foi atualizado. A arquitetura de berço semi duplo foi mantida, mas ganhou reforço na coluna de direção e subquadro de alumínio. Com isso, ficou 2,3 kg mais leve, segundo dados da Honda.
Assim, as diferenças entre as versões são os itens de série. Bem como o conjunto de suspensões e o tanque de gasolina.
O da Adventure Sports tem 24,8 litros (18,8 l nas demais). Além disso, a opção mais cara traz rodas com raios externos, pneus sem câmara e ajustes eletrônicos da suspensão.
Outra novidade da linha é o sensor de medição inercial de seis eixos, mais sofisticado e agora gerenciado pela central eletrônica de 64 bytes. Há ainda seis opções de modos de pilotagem – dois são personalizáveis.
Esses ajustes mudam vários parâmetros. Como a entrega de potência, intervenção do freio motor e do controle de tração, bem como do ABS para curvas.
A Africa Twin Adventure Sports ES é oferecida exclusivamente na cor branca, com detalhes azuis e vermelhos. A combinação remete à Honda Racing Corporation, a divisão de competições da marca japonesa.
Além disso, essa versão tem para-brisa mais alto e ajustável e conjunto óptico com seis LEDs direcionais abaixo dos dois faróis principais. O sistema acompanha a inclinação da moto em curvas, iluminando melhor a via e aumentando a segurança ao pilotar à noite.
Com tanta eletrônica e o câmbio DCT, a opção de topo da linha tem peso seco de 225 kg. Ou seja, apenas 1 kg a mais que a anterior com câmbio convencional. E deve chegar a 250 kg em ordem de marcha, com 24,8 litros de gasolina no tanque, bateria e fluidos. O peso é alto para uma aventureira, mas condizente com o das concorrentes.
Outra boa notícia é que o assento tem 87 cm de altura em relação ao solo. Ou seja, 5 cm a menos que na geração anterior da Adventure Sports.
O sistema de conectividade, com tela de 6,5 polegadas, pode projetar o Google Maps. O test drive incluiu rodovias de pista larga, vias secundárias de mão dupla e estradas de terra.
A navegação e os controles no punho esquerdo são complicados de usar. Em via bem pavimentada, o motor roncou alto e as respostas são vigorosas.
O câmbio baixa marchas de forma quase imperceptível. O giro do motor sobe rápido e chegar aos 120 km/h é fácil. Também dá para trocar marchas pelo joystick no punho esquerdo.
Em rodovias, a moto é muito estável e contorna curvas com facilidade. Mas é na terra que a big trail se destaca. A Honda é ágil e se comporta como se fosse um trail menor.
O controle de tração reduz o risco de derrapagens e os freios ABS dão conta de parar a aventureira com segurança. E, apesar dos mimos e de tanta eletrônica, a nova Africa Twin não perdeu o DNA de fora de estrada.
PRÓS E CONTRAS
PRÓS – CONJUNTO
Moto vai muito bem no asfalto e responde como se fosse menor, mas sem perder o DNA off-road.
CONTRAS – AJUSTES
Controles instalados no punho esquerdo e sistema de navegação são complicados de usar.
FICHA TÉCNICA
Honda CRF 1100L Africa Twin
Preço sugerido: R$ 97.490
Motor: 1.084 cm3, 2 cil., 8V
Potência (cv): 99,3 a 7.500 rpm
Torque (mkgf): 10,5 a 6.000 rpm
Câmbio: Automatizado, 6 m.
Peso seco: 225 kg
Tanque: 24,8 litros
Altura do assento: 87 cm
Fonte: Honda.
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