Novidade da Fórmula 1 em 2021, ‘sprint race’ é o destaque do GP da Inglaterra

A Fórmula 1 vai testar nesse fim de semana, no GP da Inglaterra, um novo formato de corrida para tentar deixar a categoria mais dinâmica. Trata-se da “sprint race”, uma corrida que terá um terço da duração da prova original. A ideia é tornar os três dias de sessões mais interessantes, principalmente para o público mais jovem. No sábado, ao invés de disputarem a pole position por tempos de volta, os pilotos farão uma “mini-corrida”, que valerá pontos para o campeonato e decidirá quem larga na frente na prova de domingo.

Para essa temporada, a Fórmula 1 decidiu encurtar as sessões de sexta-feira, reduzindo-as de 90 minutos para 60. Os diretores da categoria automobilística pensam também em fazer mudanças nas corridas, já que os mais jovens não se interessam por GPs que duram muito tempo. As alterações são inspiradas na Fórmula 2, a categoria abaixo da F-1, onde geralmente estão os pilotos mais promissores do esporte.

No ano passado, cada etapa da Fórmula 2 tinha duas provas: a “feature race” e a “sprint race”. A primeira, mais longa, valia mais e era disputada aos sábados. Já a segunda, mais curta, dava menos pontos e acontecia aos domingos. Para 2021, a F-2 optou por fazer três “sprint races”, duas aos sábados e uma aos domingos. O objetivo é cortar gastos em função da pandemia do novo coronavírus.

Além de Silverstone, o novo formato acontece também em setembro, no GP da Itália, e em outra prova, sem local definido. Há uma boa possibilidade do Brasil ser escolhido, caso as condições sanitárias permitam. “Isso não será tão intenso, mas carrega a mesma ideia de pilotar com o pé embaixo, sem estratégia, sem pit stops, em um pouco mais de meia hora de ação”, disse Ross Brawn, diretor técnico da Fórmula 1. Ele ainda lembrou que “aquela corrida de duas voltas que acabamos tendo em Baku foi um dos melhores momentos da temporada até aqui”. Na ocasião, o mexicano Sergio Pérez, da Red Bull, foi o vencedor, seguido pelo alemão Sebastian Vettel, da Aston Martin, e pelo francês Pierre Gasly, da AlphaTauri.

Muito se fala de como a categoria se tornou monótona, com poucas ultrapassagens. É por isso que, visando o futuro e o calendário que ganha cada vez mais datas, a Fórmula 1 desejar adotar a nova disputa em algumas pistas. Porém, o sete vezes campeão Lewis Hamilton não concorda com a iniciativa. “Tomara que tenhamos ultrapassagens, mas não acho que será muito emocionante”, disse. Segundo o britânico, os pilotos não vão querer correr riscos, tornando a corrida “um trem”.

Confira o calendário do GP da Inglaterra:

SEXTA-FEIRA, 16 DE JULHO

No lugar das sessões de treinos livres com duração de 1 horas, haverá uma sessão de classificação com os tradicionais Q1, Q2 e Q3. A partir das 14 horas (de Brasília), os pilotos decidem as posições de largada da corrida de sábado, que servirá como classificação para domingo. Normalmente, os carros que vão para o Q3 precisam iniciar a prova com os pneus que tiveram os melhores tempos no Q2, porém essa regra deixa de existir nesse novo formato.

SÁBADO, 17 DE JULHO

“Sprint race” de 100km, com largada prevista para 12h30. Os pilotos podem escolher com quais pneus largam, como dito acima, e não precisam obrigatoriamente trocá-los durante as 17 voltas que vão fazer em Silverstone. Sem cerimônia de pódio, a prova dará três pontos para o vencedor, dois para o segundo e um para o terceiro. Após a corrida, estará definido o grid de largada do GP da Inglaterra.

DOMINGO, 18 DE JULHO

Aqui não há mudanças. Serão 52 voltas, largada às 11 horas e a pontuação segue a mesma. O primeiro colocado leva 25 pontos, enquanto que o 10.º, apenas um. Quem fizer a volta mais rápida entre o Top 10 ganha um ponto extra. Os pit stops continuam obrigatórios, já que as equipes devem usar pelo menos dois compostos de pneus diferentes.

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