O ex-zagueiro, tetracampeão do mundo pela seleção brasileira em 1994, comentou em entrevista coletiva nesta terça-feira sobre ter aceitado o enorme desafio de tirar o Cruzeiro da Série B do Campeonato Brasileiro. E mais do que isso: opinou sobre a parte financeira e disse que seria um erro priorizar novas contratações em vez de pagar salários e débitos atrasados de jogadores e funcionários.
“Não adianta pagar a Fifa, não ter dinheiro para terminar o ano, não pagar os jogadores e contratar outros que não vai conseguir pagar. Isso não existe. Tem que passar confiança aqui”, afirmou Rocha, de forma categórica, sobre o dinheiro que o clube deve à Fifa por causa das contratações de Arrascaeta e Riascos, que não foram totalmente pagas até hoje.
A entidade máxima do futebol condiciona o retorno da possibilidade de o clube fazer contratações no mercado à quitação total dos débitos internacionais com o Defensor, do Uruguai, e Mazatlán, do México. “Eu prefiro que a gente pague os nossos jogadores e todos que trabalham no Cruzeiro”, acrescentou.
Rocha diz ter aceitado o convite feito pela diretoria do Cruzeiro, a pedido de Vanderlei Luxemburgo, por causa da grandeza do clube e da sua relação com o treinador. Sobre a situação atual do Cruzeiro, o ex-zagueiro afirmou que sabia das condições na Toca da Raposa e que chegou a dizer “não” para outros projetos justamente para ajudar o time da capital mineira.
“Quando ele veio falar comigo, eu disse: ‘Vanderlei, tudo bem, a gente não vai contratar, temos uma situação difícil, mas no mínimo é tentar isso, que é pagar salários em dia para que a gente possa ter alegria’. Alguns acordos já foram pagos, estou muito feliz em relação a isso, e eu tenho certeza que outras coisas serão colocadas em dia”, disse o novo diretor técnico do Cruzeiro.
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