Júlia Heimerdinger e Marcieli Rossi
As aulas na Rede Estadual ainda seguem com aulas em formato remoto, até o momento em Pato Branco, o Colégio da Polícia Militar (CPM), é a única unidade educacional que possuiu algum vínculo com o Estado, que retornou para as atividades presenciais na última segunda-feira (10), com o regresso gradual dos alunos.
De acordo com Iara Lucia Tecchio Mezomo, chefe do Núcleo Regional de Educação de Pato Branco (NRE), o Núcleo está realizando visitas no CPM para vistoriar os protocolos de biosseguranças e orientações.
“A escola está muito organizada, com poucos alunos, as salas com cinco alunos inicialmente, e a projeção é para aumentar para oito estudantes, conforme orientações internas da escola”, explica Iara.
O colégio está realizando as aulas presenciais, mas os alunos que desejam continuar no modo remoto, tem essa opção, da mesma forma que ainda há a possibilidade de atividades impressas.
Sobre o regresso das aulas presenciais Iara avalia que está ocorrendo de maneira segura. “Está tudo certo, os protocolos da biossegurança estão sendo cumpridos e a Vigilância [Sanitária] também visitou os espaços”, destaca.
Também em Pato Branco, o curso de enfermagem da Educação Profissional do Premen está se organizando para o retorno presencial, com as aulas teóricas e estágios.
“Os demais municípios estão se organizando para uma volta às aulas presenciais seguras, mas dentro do seu tempo, dentro das suas datas, alinhadas com as escolas municipais”, ressalta Iara.
Bom Sucesso do Sul
Em Bom Sucesso do Sul, o Colégio Estadual Castelo Branco, foi a primeira unidade do NRE a regressar para as aulas presenciais, que ocorreu na última terça-feira (11).
Sobre o retorno Iara analisa que está muito organizado, as salas de aula estão com capacidade máxima de 12 alunos. “Não está 100% dos alunos presencialmente, porque ainda tem alguns alunos que participam das aulas em casa”.
Iara também informa que os pais possuem a autonomia de decidir se os alunos retornam ou não para a escola. “Os professores que estão na sala de aula, estão dando aula para os alunos presencial e estão transmitindo as aulas assíncronas para os alunos que estão em casa”, afirma.
Ela ainda pontua, que os pais assinaram um termo de consentimento, que permite a participação das aulas presenciais. “Estão se sentindo seguros, até porque o ambiente na escola está muito organizado e as aulas estão acontecendo de forma segura”, garante Iara.
O Núcleo durante toda a semana realizou visitas no Castelo Branco, para vistoriar todos os protocolos de biossegurança. “O Núcleo também acompanhou no momento da entrada e da saída e o momento do recreio”, acrescenta.
Iara informa que uma das principais preocupações é a hora do recreio. “Os alunos estão lanchando na sala de aula, a escola está servindo os lanches nas salas, sem o aluno ter contato, apenas com seus utensílios que eles têm contato, quem serve o lanche são as merendeiras”, finaliza a chefe NRE de Pato Branco.
Estado
Na semana passada, quando o Governo do Estado anunciou que aproximadamente 10% das unidades da Secretaria Estadual de Educação e Esportes (Seed) deveriam retomar as atividades na segunda-feira, dia 10, o governador Ratinho Junior afirmou que, “a volta dos conteúdos presenciais é fruto do desejo do Estado, de muitos professores, diretores e também de pais de alunos. Estamos em sintonia com os municípios. Inclusive muitos deles já retomaram as aulas dentro da rede municipal. Além disso, pesquisas mostram que o ambiente escolar não é de alto risco para a propagação da covid-19.”
Recebemos relatos de muitas crianças que estão sofrendo pressão psicológica, que querem voltar para as salas de aulas. Esse contato diário com colegas e professores é essencial, tem um impacto muito grande no aprendizado. Ainda mais depois de quase um ano e meio sem atividades presenciais”, acrescentou.
O secretário de Estado da Educação, Renato Feder, explicou na ocasião que há três critérios para a definição de quais colégios terão prioridade para a volta das atividades presenciais. O primeiro, o acompanhamento das cidades onde houve retorno das redes municipais de ensino e do transporte escolar. “Isso facilita a logística, pois temos de pensar em todos os detalhes, como as merendas por exemplo”, ressaltou.
Na sexta-feira (14), o Estado divulgou que até o início da tarde, que 1.464 trabalhadores do setor de educação no Paraná, com menos de 60 anos, tinham sido vacinados. A eles soma-se aproximadamente outros 8 mil profissionais que já receberam ao menos uma dose da vacina por integrarem o grupo prioritário elaborado pelo Ministério da Saúde formado por pessoas com mais de 60 anos.
Ainda de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), foram destinadas até a sexta, 32.760 doses para profissionais do setor, e que a determinação do governador é de que todas as remessas de vacinas que chegarem ao Paraná terão um percentual de doses separadas para a educação, como vem ocorrendo com os profissionais de segurança.