“Com essa aquisição, queremos disseminar também no varejo eletrônico o modo Nubank de facilitar a vida dos clientes”, afirmou David Vélez, presidente e fundador do Nubank, por meio de nota.
Atualmente, a Spin Pay vem ganhando tração com a popularidade do Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC). Porém, anteriormente, a empresa fundada por Alan Chusid, Felipe Park e Marcelo Mingatos já trabalhava em soluções para substituir o TED e o DOC das transações online – ela conectava as contas bancárias com as carteiras digitais dos clientes, o que permitia pagamentos instantâneos.
Agora, a empresa utiliza o sistema do BC para fornecer ferramentas que permitem o pagamento com um clique ou por meio de QR codes. A Spin Pay tem entre os seus principais clientes varejistas como a Lojas Renner (confecções) e a Cobasi (produtos para pets), além da companhia aérea Gol e da casa de análises de investimentos Empiricus.
A fintech já tinha atraído investimentos anteriores de pessoas como Cássio Casseb, ex-presidente do Banco do Brasil, e Daniel Goldberg, sócio do fundo Farallon, e do fundo Quartz, que tem o presidente do conselho de administração da Renner, José Galló, como um dos responsáveis.
Expansão para o varejo
O Nubank quer aproveitar a popularização do Pix para surfar também no comércio eletrônico. Segundo dados do BC, desde o seu lançamento (em novembro de 2020) até o fim do primeiro semestre o meio de pagamento já movimentou cerca de R$ 1,6 trilhão em mais de 2,4 bilhões de transações.
O e-commerce também está em alta. Segundo dados do índice MCC-ENET, da Neotrust em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital, as vendas no primeiro semestre cresceram 24% em faturamento.
Segundo a companhia, a operação da Spin Pay seguirá independente, e o fechamento do negócio deve ser finalizado nas próximas semanas.
“Para nós, ter essa equipe talentosa ao nosso lado é fundamental para avançar nessa jornada, mantendo o padrão de excelência na oferta de serviços e produtos”, disse Vélez. “Sempre buscamos parcerias que estejam alinhadas com nosso propósito e que nos permitam continuar evoluindo.”
Esta é a quarta aquisição da empresa, que, apesar de ter sido fundada em 2013, começou a ir às compras somente em 2020. No ano passado, o Nubank comprou a corretora digital Easynvest, com R$ 26 bilhões de ativos sob custódia, além da empresa de tecnologia Cognitect. Em 2021, foi a vez da plataforma de atendimento Juntos.
Em agosto, o Nubank anunciou o maior aporte da história da América Latina: US$ 1,15 bilhão, o que colocou nomes como o do megainvestidor americano Warren Buffett entre os seus acionistas. A empresa também está próxima de realizar uma abertura de capital nos Estados Unidos, esperando alcançar um valor de mercado acima dos US$ 55 bilhões em sua estreia.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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