Ao anunciar o resultado da votação, o ministro Luiz Fux, presidente do STF, contou um voto sobressalente. O episódio não passou despercebido pelos colegas, que ironizaram a confusão.
“Está sobrando voto. Eu quero dizer que o que estava errado era o impresso, viu? Aqui estava correto. O computador estava correto”, brincou o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE e alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro na esteira de declarações recentes do chefe do Executivo contra o sistema eletrônico de votação.
“É melhor recorrer às urnas eletrônicas, porque essas não falham”, acrescentou o ministro Ricardo Lewandowski, arrancando risadas dos pares.
Eleito como suplente para o Tribunal Superior Eleitoral, Nunes Marques aproveitou para agradecer a indicação.
“Espero que um pouco da minha experiência como advogado e dois biênios como juiz da classe jurista do TRE do Piauí possam de alguma forma contribuir para o aperfeiçoamento daquela jurisdição”, disse.
Na contramão dos colegas, Nunes Marques, que ocupa a cadeira no STF por indicação de Bolsonaro, divulgou uma nota no início da semana em que afirma que o voto auditável é uma ‘preocupação legítima do povo brasileiro’.
As declarações infundadas do presidente sobre supostas fraudes no sistema eletrônico de votação e ameaças às eleições de 2022 levaram à abertura de um inquérito administrativo no TSE. A Corregedoria do tribunal eleitoral também pediu a inclusão de Bolsonaro em outra investigação, a das fake news, que tramita no STF.
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