Neste domingo, nós dedicamos e homenageamos as nossas Mães. Por isso, vamos refletir um pouco sobre isso. Iniciamos falando do bebê que acaba de nascer. Ele está desamparado, totalmente dependente da mãe para alimentá-lo, para aquecê-lo, para protegê-lo. Por meio de gritos, expressões corporais, mímicas de sofrimento, o bebê solicita a atenção do adulto, aprendendo dessa forma que a fragilidade e o desamparo são ocasiões em que se busca, acima de tudo, ser amado. Do mesmo modo nascemos e temos de lutar pela sobrevivência, demonstrando essa fragilidade, esse desamparo, pedindo cuidado e atenção. O carinho que o bebê recebe é a primeira forma de amor que ele conhece. Atenção, carinho e cuidado. É o que todo mundo quer ao longo da vida, porque o ser humano é carente de amor e quem ama, cuida.
Essa necessidade de ser amado nunca nos abandonará. Com saudade desse passado em que nós nos sentíamos protegidos, buscaremos ao longo da vida o equivalente à imagem da Mãe e a sua carga afetiva nos nossos relacionamentos. Por isso, muitas pessoas, às vezes acabam por se apaixonar por pessoas que de alguma forma lembram suas Mães. É a nossa eterna busca de amar e ser amados. Quando nós lembramos a figura da Mãe, nós percebemos que a compreensão daquilo que é a Mãe se assemelha muito ao conceito de Deus.
O Papa João Paulo I ficou só 30 dias no pontificado. Ele ensinou a todo mundo, nesses 30 dias, que Deus é Pai e Mãe ao mesmo tempo. E isso é tão importante também compreendermos de Deus. Quais as semelhanças entre Deus e a Mãe? O amor de Deus e o amor de Mãe são gratuitos. Mãe ama porque ama e pronto! As Mães não amam seus filhos porque eles são bonitos, graduados, inteligentes, porque passaram nesse curso ou nesse concurso. As Mães amam porque amam, sempre. A Mãe está lá sempre torcendo pelo seu filho, independente do prêmio que ele venha a ganhar. Para a mãe tanto faz. É o amor que não muda ao longo do tempo, que continua sempre vivo e sempre o mesmo. Assim como continua o mesmo jeito de dizer que ama… gestos, acenos, beijos, sorrisos. A nossa gratidão pelo amor das Mães, das nossas Mães. O Deus que também nos ama, como a Mãe ama o seu filho, cuide das nossas Mães e seja para elas força, ternura e entusiasmo.
Padre Ezequiel Dal Pozzo