Foi publicado em Diário Oficial na quinta-feira (18), o extrato de aditamento da obra do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) que vem sendo construído no bairro São Francisco, e por diversas vezes, ao longo dos anos, teve a obra interrompida.
Com a nova pactuação, a empresa que deveria ter concluída a obra até a sexta-feira (19), tem agora até 1º de março de 2022 para a concussão da obra que tem recurso proveniente do Ministério da Educação, por meio do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) e dos cofres do Município.
“O Município está tomando todas as providências cabíveis para resolver a situação e finalizar a obra”, afirma a secretária de Educação e Cultura, Simone Painin, revelando que entre os serviços que devem ser executados estão a parte de acabamento, instalação de esquadrias, instalação de louças e metais sanitários, pintura e limpeza final da obra.
Um sonho
Vizinhos a obra, os moradores do bairro São Francisco comentam que o Cmei é um sonho da comunidade.
Mãe de um menino de quase 8 anos, uma das moradoras do entorno do Centro Municipal, comenta que a obra iniciou quando estava grávida, devido a todos os contratempos, seu filho teve a iniciação escolar em uma unidade de outro bairro, e que somente agora quanto está no Ensino Fundamental I, é que está perto de casa, na escola do bairro.
Ela relata que assim como ela, muitas mães tiveram e tem que encaminhar seus filhos para Cmeis como Vila Izabel, Vila Esperança, Parque do Som, Pequeno Príncipe e Madre Paulina.
Outra moradora do São Francisco desabafa que ouviram no final de abril deste ano, que até o início do ano letivo tudo estaria pronto, porém, a obra seguiu parada. “O sentimento é de revolta”, completa outro morador”, ao ser interrompido por uma terceira moradora que aponta “[está] tudo abandonado, é um foco de dengue”. Esta mesma mulher ainda relata que a estrutura tem vidros quebrados, e alguns itens foram roubados no decorrer dos anos.
Verbas da educação devem ser devolvidas a união
Nos últimos dias, o vereador Claudemir Zanco – Biruba (PL), fez manifestações na Câmara Municipal de Pato Branco, solicitou ao Município por meio de ofício esclarecimento referente a R$ 10 milhões que segundo o vereador, o prefeito Robson Cantu (PSD) teria afirmado que será devolvido à União, por falta de tempo hábil para licitar esse recurso.
As afirmações segundo o vereador, foram ditas pelo prefeito em reuniões com empresários.
“Minha intenção é saber se essa notícia é verídica, se realmente existe esse recurso, por que vamos perder, da onde é esse recurso, uma vez que ele [prefeito] já assumiu que o recurso existe”, disse o vereador.
Biruba se diz preocupado, uma vez que ao devolver verba aos cofres do Governo Federal, o Município não fez a destinação ao longo do ano do recurso neste caso da Educação, “que poderia ser destinada para a manutenção, reforma, aquisição de equipamento, melhorias. Quer dizer que ou o pessoal observou muito tarde que estava sobrando esse recurso e não deu mais tempo.”
Ainda de acordo com Biruba, a preocupação se justifica pelo fato de que “quando se devolve um recurso que é carimbado [verba exclusiva para determinada finalidade ou pasta neste caso], o Governo Federal entende que você não precisa do recurso, e não vai reenviar para o município”, explica o vereador, lembrando que em 2022 haverá a atualização salarial dos servidores da educação, o que no ver dele seria de grande valia a estrutura educacional estar bem servida para onerar o menos possível os cofres do Município.
“Temos uma defasagem gigantesca de professores. Fora que tem um levantamento para fazer as reformas das escolas, com telhados, piso, ampliação de salas de aula, reformas no Vila Izabel, no Caic, no Industrial, que dão R$ 8 milhões (…) esse levantamento não é de agora, e que podia ter sido feito”, finaliza o vereador.
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