“Dinheiro não ajuda sem vacinas para se comprar”, resumiu o diretor. Em comunicado após o evento, a diretora-geral da OMC, Okonjo-Iweala Ngozi, afirmou que houve “trocas úteis sobre questões em que algumas perspectivas eram diferentes” sobre o “papel apropriado para proteções de propriedade intelectual”. Além de questões de transparência de contratos de vacinas, “o que foi apontado por muitos como um fator importante nos preços e distribuição apropriados e uma parte crítica de acesso e equidade”.
Tedros afirmou que a pandemia “é uma emergência sem precedentes que exige medidas sem precedentes”. Segundo o diretor, os atuais acordos de compartilhamento de produção controlados pelas empresas não estão chegando perto de atender às esmagadoras necessidades de saúde pública”.
“Pedimos às empresas que compartilhem know-how, propriedade intelectual e dados com outros fabricantes de vacinas qualificados, inclusive em países de baixa e média renda”, clamou Tedros. Além disso, pediu “aos países que invistam na fabricação local de vacinas”.
Presente no evento, a Representante de Comércio dos Estados Unidos, Katherine Kai, afirmou que a pandemia “não é apenas um desafio para os governos. Esse desafio se aplica igualmente à indústria responsável pelo desenvolvimento e fabricação das vacinas”. O país é sede de algumas das principais farmacêuticas produtoras das vacinas e onde a pressão pela flexibilização de patentes vem crescendo.
“Como governos e líderes de instituições internacionais, os mais altos padrões de coragem e sacrifício são exigidos de nós em tempos de crise. O mesmo deve ser exigido da indústria”, indicou.
Comentários estão fechados.