A entidade defende que as doses de reforços sejam suspensas até pelo menos outubro, para alcançar o objetivo de vacinar ao menos 10% da população de todos os países. Apesar disso, a maior parte dos governos com acesso suficiente ao profilático tem seguido em frente com os planos, inclusive no Brasil.
Em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, Tedros classificou de “problema moral” a aplicação dessas doses em um momento em que muitas populações não têm acesso a imunizantes. Segundo ele, esse cenário favorece o surgimento de variantes do vírus.
Tedros também repetiu um comentário da cientista-chefe da Organização, Soumya Swaminathan, de que os dados sobre a necessidade da dose de reforço são “inconclusivos”. Para ela, a prioridade deve ser vacinar grupos de risco e, por isso, a OMS não está preparada para emitir recomendação nesse sentido.
Diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da OMS, Katherine O’Brien comentou que, até o momento, todas as vacinas têm se mostrado eficazes contra as mutações do vírus.
Comentários estão fechados.