“Eu quero alertar ao deputado Luis Miranda que o que foi feito hoje é, no mínimo, denunciação caluniosa. E isso é crime tipificado no código penal”, disse o ministro hoje (23), em coletiva de imprensa. “Se tem um presidente que respeita o esforço de cada cidadão, esse presidente tem nome e sobrenome: Jair Messias Bolsonaro. E não vai ser um qualquer que inventa mentiras – talvez, quem sabe, quem vai definir é a perícia -, falsifica um documento e assaca contra a honra das pessoas e contra a integridade do presidente e nosso governo”, reforçou.
Durante a coletiva, Onyx fez um alerta. “Luis Miranda, Deus está vendo. Mas o senhor não vai se entender só com Deus não. Vai se entender com a gente também. E vem mais: vai se explicar e vai pagar pela irresponsabilidade, pelo mau caratismo, pela má-fé, pela denunciação caluniosa e pela produção de provas falsas.” Segundo o ministro, há indícios de adulteração dos documentos usados por Miranda nas conversas com assessores da Presidência da República para justificar a preocupação com a possibilidade de corrupção.
Ao Broadcast Político Luis Miranda afirmou ter apontado para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) supostas irregularidades e “esquema de corrupção” no contrato do Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana Covaxin. O chefe do Executivo, no entanto, teria ignorado o aviso e evitado responder o parlamentar, segundo relato de auxiliares ao parlamentar. Os termos do contrato supostamente beneficiariam a empresa responsável pela intermediação da compra do imunizante. Segundo mostrou o Estadão/Broadcast, o valor acertado pela compra das vacinas seria dez vezes maior que o anunciado pela farmacêutica seis meses antes.
Além dos crimes de denunciação caluniosa e fraude contratual, Lorenzoni afirmou que o irmão do deputado será investigado por prevaricação. “O chefe do senhor Luis Ricardo é o senhor Alex Leal Marinho, que nunca foi comunicado da existência deste documento”, disse Onyx mostrando papel que corrigiria informação sobre o pagamento antecipado pela compra para ser feito após a entrega das vacinas. “Por que o servidor que identifica uma possível fraude ou erro não leva a seu superior hierárquico? É dever dele. Aí está a prevaricação”, completou.
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