Na manhã desta quarta-feira, 24 de julho, o Núcleo de Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a Operação Acrasia, cumprindo dois mandados de busca e apreensão na residência do investigado e nas dependências da Cadeia Pública de Dois Vizinhos, localizada no Sudoeste do estado.
Denúncia e início da investigação
A investigação teve início neste mês após uma denúncia anônima ser encaminhada ao Gaeco. A denúncia relatava que o policial penal gestor da Cadeia Pública de Dois Vizinhos estaria cometendo crimes de peculato, utilizando o trabalho de presos da unidade para benefício pessoal em sua residência, e assédio sexual a detentas. As apurações comprovaram não apenas o assédio sexual, mas também a prática reiterada do crime de estupro, tendo como vítima uma das presas que fazia o serviço interno na cozinha do estabelecimento prisional.
Coação e ameaças
O Gaeco também descobriu que o servidor público estava se aproveitando do cargo para praticar ameaças e coação no curso do processo. Essas ações motivaram o Gaeco a solicitar a expedição dos mandados de busca e apreensão. O Juízo determinou o afastamento do policial de suas funções por 180 dias, além da apreensão de todas as armas de fogo em sua posse, sejam elas pessoais ou funcionais, suspendendo seu porte. A decisão também proibiu o investigado de acessar as dependências da Cadeia Pública de Dois Vizinhos e de manter contato com qualquer detento ou detenta da unidade prisional.
LEIA MAIS
Apreensões durante a operação
Durante o cumprimento dos mandados da Operação Acrasia, foram apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos que serão analisados para apuração dos crimes de assédio sexual, ameaça, coação no curso do processo, peculato e estupro. A investigação continua, com o objetivo de reunir mais provas e detalhar todas as ações criminosas do acusado.
Comentários estão fechados.