Operação Rolo Compressor da Polícia Federal tem alvo em Pato Branco

A Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram nesta terça-feira (5) a segunda fase da operação “Rolo Compressor,” que investiga desvios de verbas públicas e corrupção em obras supervisionadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A operação abrange os estados do Paraná, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, e o Distrito Federal.

Ações no Paraná e Alvo em Pato Branco

No Paraná, os agentes cumpriram 54 mandados de busca e apreensão, incluindo um em Pato Branco. As demais ordens foram cumpridas em:

  • 18 em Curitiba
  • 6 em Londrina
  • 2 em Rolândia
  • 6 em Maringá
  • 1 em Goioerê
  • 3 em Cascavel
  • 2 em Guarapuava
  • 4 em Marechal Cândido Rondon

A operação, coordenada pela 14ª Vara Federal de Curitiba, também determinou o sequestro e bloqueio de bens, incluindo veículos de alto valor e ativos financeiros dos investigados.

Esquema de Fraudes e Lavagem de Dinheiro

De acordo com a Receita Federal, as investigações apontaram para fraudes em processos licitatórios, contratos com falhas graves e atos de corrupção na supervisão e fiscalização de obras contratadas pelo DNIT/PR. As irregularidades resultaram em prejuízos significativos ao erário público. Os envolvidos realizaram lavagem de dinheiro para ocultar os recursos ilícitos, utilizando empresas de fachada sem capacidade operacional ou funcionários.

O auditor-fiscal Leandro Cavichioli Peixoto destacou o crescimento desproporcional do patrimônio de alguns servidores. “Identificamos um engenheiro do DNIT que declarou patrimônio de R$ 100 mil há dez anos, que subiu para R$ 2,9 milhões, um aumento de 29 vezes,” explicou Peixoto. Ele também apontou que as empresas envolvidas eram usadas exclusivamente para dissimular a origem do dinheiro desviado.

Participação e Investigações

A operação mobilizou cerca de 239 policiais federais, 12 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal, além de servidores da CGU. O trabalho conjunto das instituições busca responsabilizar os envolvidos e recuperar os recursos desviados.

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O desdobramento das investigações da operação “Rolo Compressor” visa esclarecer o envolvimento dos servidores e garantir que os atos de corrupção sejam punidos conforme a legislação. A operação continua monitorando ativos financeiros e imóveis suspeitos, com o objetivo de rastrear a totalidade dos recursos ilícitos.

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