Sachsida comentou que os custos da pandemia vão durar algum tempo, já que a pobreza aumentou. “É evidente que temos de ter programa social mais robusto que hoje”, observou, referindo-se à ampliação do Bolsa Família.
O secretário destacou que o governo não concedeu até agora aumento de salário para funcionário público civil. Diante da limitação do teto, ele pontuou que a decisão de reajustar o salário de servidores e aumentar o Bolsa Família é do presidente Jair Bolsonaro e torna-se uma “escolha orçamentária” – ou seja, de priorizar alguns gastos em detrimento de outros.
2ª onda da covid
Adolfo Sachsida negou que tenha defendido a imunidade de rebanho como medida de combate à covid-19. Na live, ele pediu desculpas mais uma vez por ter dito que a chance de segunda onda da doença era baixa. O secretário foi convocado pela CPI da Covid por uma declaração de novembro de 2020 em que correlacionou a perspectiva de recuperação da economia ao aumento da mobilidade.
“Os estudos que temos mostram que muitos Estados atingiram ou estão muito próximos de atingir a imunidade de rebanho. Honestamente, acho baixa a probabilidade de segunda onda no Brasil”, disse ele, em 17 de novembro de 2020.
O secretário disse que a CPI está questionando porque não houve compartilhamento de tais estudos com o Ministério da Saúde, mas argumentou que os dados usados eram públicos. “Nenhuma informação nossa serviu para decisões de combate à covid.”
Segundo o secretário da SPE, na época da declaração sobre a segunda onda, ele estava explicando as projeções para o PIB e observava a queda do distanciamento social. “O que estávamos olhando era o distanciamento social. E estava caindo. E, quando se olha as projeções do PIB, nós acertamos”, disse, em referência à queda de 4,1% do PIB em 2020.
Sachsida argumentou que a declaração sobre a segunda onda veio em resposta à pergunta de uma repórter sobre os motivos para a queda do distanciamento social. “Deveria ter ficado calado. Eu fiz uma hipótese sobre a imunidade de rebanho. Estava errado”, afirmou, citando que era uma entrevista ao vivo e que acabou “escorregando” em meio a tantas perguntas.
Braga Netto
Em meio à polêmica sobre o voto impresso nas eleições de 2022 e supostas ameaças do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, à realização do pleito, Sachsida ainda disse que o Brasil tem uma “democracia vibrante” e que “ninguém gosta de ditadura”. “Vamos ter um ano eleitoral em 2022. Vai ser barulhento como todos são”, afirmou.
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