Lançamento da feira estava previsto para esta quarta-feira (3), mas foi adiado segundo comunicado do Município, na semana passada
Na sexta-feira (28), o Departamento de Comunicação do Município de Pato Branco, divulgou o lançamento da 19ª Expopato, previsto para esta quarta-feira (3) foi “transferido”, contudo, sem uma nova data para a realização da apresentação oficial da Exposição Feira Agropecuária Industrial e Comercial de Pato Branco, que segundo anúncio feito à imprensa no início de abril, deve ser realizada de 7 a 15 de outubro, em parceria da Sociedade Rural e promoção da Prefeitura de Pato Branco.
Quando da realização da coletiva de imprensa que confirmou a feira (5 de abril), foi revelado que uma produtora de Chapecó (SC), seria a responsável pela realização dos shows. A logomarca da empresa chegou a ser vinculada no convite que foi divulgado anteriormente para o lançamento da feira e já do de adiamento não constava mais.
Nesta semana, o presidente da Sociedade Rural, Eucir Brocco revelou que desde o início das tratativas para a realização da 19ª Expopato, a organização vinha conversando com duas empresas especializadas na produção de shows. Uma delas com sede em Ponta Grossa e uma segunda empresa de Chapecó, sendo que com esta última as tratativas se estenderam e a grade de shows da feira estava quase definida, bastando apenas a assinatura do contrato.
Hoje (3), ao Diário do Sudoeste, Brocco explicou que “no início estávamos conversando com duas empresas, optamos por uma, mas como deu problema com esta empresa voltamos a conversar com a outra”. Ainda de acordo com o presidente da Sociedade Rural ainda nesta semana, uma nova reunião está prevista com a empresa de Ponta Grossa para ver se a empresa consegue atender a feira de Pato Branco.
Ainda de acordo com Brocco, “com a empresa que estávamos conversando nós não tínhamos assinado o contrato, mas estava tudo alinhado”, ele ainda confirmou que a empresa em questão foi alvo no final do mês passado e uma ação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), devido a investigações referente a contratos firmados para a realização do Carnaval em um município do oeste de Santa Catarina, onde no material de divulgação da festividade, é possível observar a mesma logomarca da empresa vinculado no convite de lançamento e divulgada em evento a imprensa de Pato Branco.
“Nós consultamos antes de iniciar as tratativas, estava tudo ok. Eles não tinham problema nenhum, nem a empresa, nem o proprietário. Agora, em função desta situação, decidimos cancelar e buscar outra alternativa”, pontuou Brocco.
O presidente da Sociedade Rural, acredita que a grande dificuldade que pode existir para a contratação de uma nova empresa para a realização dos shows está na grade de artistas que vinham sendo trabalhados para se apresentarem em outubro em Pato Branco, “no mais, as propostas eram muito parecidas. E a grade de shows foi um dos motivos que nos levou a optar por essa empresa”.
Com relação ao trabalho que passou a ser desenvolvido após o rompimento das tratativas com a empresa catarinense, Brocco diz acreditar que a empresa com quem a Comissão Central Organizadora (CCO), vem conversando neste momento, deve estar debruçada na composição de uma grade de shows atrativa.
Finda Folia
Segundo o site do MPSC, a chamada operação “Finda Folia”, deflagrada em 25 de abril, teve como finalidade o cumprimento de dois mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Um dos mandados de busca em apreensão foi cumprido em Brasília pelo Gaeco do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), uma vez que um dos alvos que estava em viagem no Distrito Federal.
Também de acordo com o MPSC, os fatos são investigados em Procedimento Investigatório Criminal (PIC) instaurado pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos e pelo Grupo Especial Anticorrupção (GEAC), que busca apurar a ocorrência de possíveis crimes de associação criminosa, fraude em licitação ou contrato e frustração do caráter competitivo de licitação, envolvendo agentes públicos municipais e pessoas ligadas a empresa participante de procedimento licitatório.
O nome “Finda Folia” foi escolhido em alusão ao objeto do processo licitatório, qual seja, a promoção de eventos para a organização, exploração e realização da solenidade festiva de Carnaval em município do oeste catarinense. “Finda Folia” remete ao término da festividade e do processo fraudulento de contratação de empresa para organização das comemorações de carnaval.
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