Um novo estado de emergência, o terceiro desde o começo da pandemia, foi lançado no domingo em quatro regiões japonesas, incluindo a de Tóquio, a menos de três meses da cerimônia de abertura dos Jogos, marcada para 23 de julho – a Olimpíada foi adiada no ano passado em função do novo coronavírus.
Muto disse que as negociações ainda estavam em curso e que os organizadores trabalhariam para “encontrar uma maneira de garantir os reforços” de um número semelhante de enfermeiros. “Nem é preciso dizer que os serviços de saúde regionais não devem sofrer transtornos” por este pedido, acrescentou, afirmando que “insistiu neste ponto”.
Muto negou que a solicitação tenha sido feita “nos bastidores” e afirmou que, para ajustar os detalhes, seria necessário “conversas prudentes e meticulosas” com todo o departamento de saúde do Japão. “Temos de encontrar a maneira de conviver”, disse, destacando a necessidade para os organizadores de se mostrarem “flexíveis com as horas de trabalho e as rotações.”
Os organizadores dos Jogos Olímpicos tentam provar a opinião pública do país-sede de que o evento pode ser celebrado com segurança apesar da pandemia, mas os japoneses se opõem em grande maioria pelos riscos sanitários, de acordo com pesquisas realizadas nos últimos meses.
O Japão, relativamente menos afetado pelo coronavírus que muitos outros países, com cerca de 10 mil mortes registradas oficialmente desde janeiro de 2020, vive atualmente um aumento dos casos em vários departamentos. Daí a necessidade de novo estado de emergência em Tóquio. Outra preocupação dos organizadores é não usar as instalações médicas destinadas aos japoneses durante os Jogos.
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